A Polícia Federal (PF) apreendeu nesta quarta-feira, 12, o helicóptero usado pelo presidente do partido Solidariedade, Eurípedes Júnior. A aeronave estava em Goiânia, Goiás. O dirigente é alvo de mandado de prisão, porém ele ainda não foi localizado pelas autoridades e é considerado foragido. As informações são da CNN.
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A apreensão faz parte da Operação Fundo no Poço, que tem como objetivo investigar suspeitas de desvio de recursos públicos dos fundos partidário e eleitoral durante as eleições de 2022. Conforme informações da PF, Eurípides teria ciência do mandado de prisão, mas está em lugar incerto, sendo assim, já é considerado foragido.
As acusações contra ele incluem organização criminosa, lavagem de dinheiro, furto qualificado, apropriação indébita, falsidade ideológica e desvio de recursos destinados ao financiamento eleitoral.
Eurípedes Júnior, ex-presidente do PROS e atual presidente do Solidariedade, é o principal alvo da operação. Na época dos fatos investigados, ele liderava o PROS, partido que se fundiu com o Solidariedade devido ao desempenho eleitoral.
A aeronave, adquirida em 2015 por R$ 2,5 milhões, está avaliada em R$ 5 milhões. A PF afirma que a compra foi feita com dinheiro desviado. Segundo as investigações, Eurípedes Júnior utilizava o helicóptero para se deslocar de Planaltina (GO) até a sede do extinto Partido Republicano da Ordem Social (Pros), em Brasília.
Ainda de acordo com informações da PF, o piloto registrado do helicóptero aparece na lista de funcionário do partido Solidariedade. Ele também foi alvo de um mandado de busca e apreensão realizado pela PF hoje.
Além Eurípedes, outros ex-dirigentes e ex-candidatos do partido nas eleições de 2022 estão na lista dos mandados de prisão, incluindo Cintia Lourenço da Silva, primeira tesoureira, e Alessandro, conhecido como Sandro do PROS, que foi candidato a deputado federal.
A PF cumpriu 7 mandados de prisão preventiva e 45 mandados de busca e apreensão em dois estados (Goiás e São Paulo) e no Distrito Federal. Além disso, houve o bloqueio de R$ 36 milhões e o sequestro judicial de 33 imóveis, medidas deferidas pela Justiça Eleitoral do Distrito Federal.