PF decide indiciar Bolsonaro nos inquéritos da venda de joias ilegais e do cartão de vacinas

Além de Bolsonaro, aliados do ex-presidente também aparecem na lista de indiciados

4 jul 2024 - 08h11
(atualizado às 12h24)
PF decide indiciar Bolsonaro nos inquéritos da venda de joias ilegais e do cartão de vacinas
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A Polícia Federal (PF) decidiu indiciar o ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) nos inquéritos que apuram a venda ilegal de joias no exterior e a falsificação de cartões de vacinação contra a covid-19

Além de Bolsonaro, outros aliados do ex-presidente também aparecem na lista da Polícia Federal, segundo a coluna de Igor Gadelha, do Metrópoles. Os advogados Fabio Wajngarten e Frederico Wasseff, além do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, também serão indiciados.

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Mauro Cid havia fechado um acordo de delação premiada com a PF e já se imaginava que suas revelações tornariam a situação jurídica de Bolsonaro mais conturbada. Como ajudante de ordens, o tenente-coronel teve acesso livre ao Palácio do Planalto e foi braço-direito e secretário particular do ex-presidente nos quatro anos do governo passado.

Segundo a reportagem, a PF não deve pedir prisão preventiva nem de Bolsonaro, nem de seus aliados no momento. 

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Foto: Dida Sampaio/Estadão / Estadão

Na prática, o indiciamento representa a última etapa do inquérito. Portanto, a investigação considera haver elementos e indícios suficientes para apontar ao Ministério Público que o investigado é o possível autor de um crime.

Para a PF, os certificados falsos de vacinação contra a covid-19 emitidos em 2022 em nome do então presidente Jair Bolsonaro e de sua filha de 12 anos, Laura Bolsonaro, têm relação com a tentativa de golpe de Estado em janeiro de 2023.

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A inserção de dados falsos no sistema de informação do Governo significaria ter à disposição os documentos necessários para cumprir eventuais requisitos legais para entrada e permanência do ex-presidente no exterior.

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Foto: Reprodução / Estadão / Estadão

Já o esquema de venda de joias também seria de conhecimento do ex-presidente, segundo a PF. A investigação aponta que os itens de alto valor foram omitidos do acervo público e vendidos para enriquecer Bolsonaro, que deu aval para parte das operações de venda. 

O conjunto de joias foi recebido por Bolsonaro durante sua visita oficial à Arábia Saudita, em outubro de 2019, e inclui anel, caneta, abotoaduras e um rosário islâmico ("masbaha"), todas peças cravejadas de diamantes.

Fonte: Redação Terra
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