PM do Rio instaura processo administrativo contra cabo conhecido como Sem Alma

Policial é apontado como chefe de um novo escritório do crime que atua na região da Grande Rio

20 jul 2023 - 18h26
(atualizado às 18h40)
PM é considerado foragido da Justiça desde terça-feira, 18
PM é considerado foragido da Justiça desde terça-feira, 18
Foto: Divulgação

A Polícia Militar do Rio de Janeiro informou ao Terra que o cabo da Polícia Militar Rafael do Nascimento Dutra, de 35 anos, foi submetido a um processo disciplinar administrativo, que está sendo conduzido pela 3ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (3ª DPJM), subordinada à Corregedoria da corporação. De acordo com O Globo, o policial, conhecido como Sem Alma, é apontado pela Polícia Civil como chefe de um novo escritório do crime que atua na região da Grande Rio.

Segundo a PM, o processo administrativo pode resultar na exclusão do cabo dos quadros da corporação. "A Corregedoria Geral de Polícia Militar colabora com todos os trâmites investigativos”, acrescentou em nota. 

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De acordo com o jornal, Rafael Dutra é considerado foragido da Justiça desde terça-feira, 18, após uma investigação realizada pela Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro. Ele está de licença da PM desde 2021, ano em que foi atingido por um disparo de arma de fogo em serviço. 

Segundo o jornal, em maio deste ano, a corporação considerou que o cabo era incapaz para o serviço policial e iniciou o processo de reforma dele.

Conforme divulgado no telejornal RJ2, da TV Globo, um dos fatores que ligou o PM ao esquema criminoso foi um GPS encontrado no carro do policial Bruno Kilier, assassinado em junho deste ano no Recreio dos Bandeirantes. Segundo as investigações, o dispositivo tinha em sua memória o endereço de um depósito de bebidas, que pertence ao policial militar. 

A investigação sobre a quadrilha de matadores começou em novembro de 2022,  após o assassinato de um miliciano. O Globo aponta que os investigadores descobriram que Marco Antônio Figueiredo Martins, conhecido como 'Marquinho Catiri', teve a morte planejada por um ano e foi assassinado ao sair de uma academia que era o dono.

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A polícia também investiga se os criminosos liderados pelo Sem Alma são responsáveis por outros quatro assassinatos, após a perícia realizada nos fuzis usados na execução de Marquinho Catiri apontar que as mesmas armas podem ter sido usadas em outros crimes, que são:

  • Assassinato do inspetor da Polícia Civil João Joel de Araújo, em maio de 2022, em Guaratiba;
  • Execução de Tiago Barbosa, um mês depois, na Via Light, em Nova Iguaçu (RJ);
  • Assassinato de Fernando Marcos Ferreira Ribeiro, de 41 anos, morto a tiros em abril deste ano, na Tijuca; 
  • Execução em junho deste ano do ex-chefe de segurança de um dos presídios do Complexo Penitenciário de Bangu, o inspetor penal Bruno Kilier

De acordo com O Globo, a Polícia Civil já prendeu dois suspeitos de integrarem o novo escritório do crime e os policiais seguem com os trabalhos investigativos.

Fonte: Redação Terra
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