É falso que Fernando Haddad (PT), candidato ao governo de São Paulo, disse que irá acabar com a Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), criar uma rede social para monitorar policiais militares em tempo integral e exonerar agentes que matarem pessoas durante ocorrências, entre outras ações listadas em publicações nas redes (veja aqui). Não há registro de que o petista tenha dado qualquer das declarações mencionadas, que também não constam no plano de governo da candidatura.
A peça de desinformação acumulava centenas de compartilhamentos no Facebook até a tarde desta segunda-feira (15). A publicação também circula no WhatsApp, rede social na qual não é possível estimar o alcance (fale com a Fátima).
Postagens nas redes sociais compartilham uma lista com propostas falsas e declarações inventadas atribuídas a Fernando Haddad, ex-prefeito da capital paulista e candidato do PT ao governo de São Paulo, como "vamos criar uma rede social própria para monitorar PMs em tempo integral", "a Rota precisa ser extinta" e "não acho que policial ganha pouco". O Aos Fatos não encontrou as declarações nos perfis do ex-prefeito ou em entrevistas à imprensa, e as medidas também não estão no plano de governo da candidatura.
O plano de governo registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) cita que os policiais paulistas são mal remunerados e promete "valorizar a carreira dos policiais, garantindo melhores condições de trabalho e salários". Entre as ações citadas, está criação de plano de metas, priorizar a diminuição da letalidade policial, ampliar a colocação de câmeras nos uniformes e reforçar o policiamento comunitário.
Em junho deste ano, Haddad afirmou ao programa Roda Viva, da TV Cultura, que pretende tratar os policiais como trabalhadores que precisam ser valorizados, "porque não estão, nem do ponto de vista da carreira nem do ponto de efetivo". Contatada pelo Aos Fatos para comentar as postagens, a assessoria do ex-prefeito da capital paulista preferiu não se posicionar sobre o assunto.
Referências:
1. Linktr.ee
2. TSE
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