Nesta entrevista exclusiva, o Presidente da CPI da Enel na Câmara de SP, o vereador João Jorge (PSDB) falou sobre o andamento da Comissão instalada no Palácio Anchieta para avaliar o atendimento (ou a falta dele) por parte da concessionária após a falta de energia elétrica que durou dias e gerou diversos prejuízos na capital paulista.
Na opinião do parlamentar, o que aconteceu em São Paulo precisa de respostas e ações em benefício do consumidor e de comerciantes que tiveram perdas em decorrência da falta de energia e a morosidade do restabelecimento de luz na cidade: "Buscaremos o ressarcimento de 100% dos prejuízos dos cidadãos", garante.
Aconteceu de novo
Na primeira reunião da CPI foram apontados novos transtornos e prejuízos causados por uma tempestade que atingiu a cidade de São Paulo na última quarta-feira (15) e provocou um novo apagão. Cerca de 80 mil moradores ficaram, mais uma vez, sem luz por mais de oito horas.
"Aconteceu de novo e a cidade de São Paulo ficou em breu. Eu estava na região da Mooca, jantando em um restaurante e presenciei o drama da população e dos comerciantes por ficar mais um dia sem energia elétrica. Ruas completamente escuras e semáforos apagados. Antigamente, sistema era menos moderno ficávamos 1, 2 horas sem energia, agora são dias. Isso é inadmissível. O povo paga caro e recebe um serviço péssimo", pontuou o presidente da CPI.
Com a proximidade do verão, época de chuvas mais frequentes, fica a pergunta: o que a concessionária Enel está fazendo para que a população não seja tão afetada?
Para responder a essa pergunta, o vereador quer saber dos números que a Enel tem a apresentar: contratações, demissões, lucros e investimentos em melhorias.
"Precisamos entender o que aconteceu e o Sindicato dos Eletricitários pode responder questões, como quadro de funcionários da concessionária nos últimos quatro anos e falta de equipamento e material elétrico. Já a defesa civil, pode apontar o tamanho do estrago que houve e a resposta da Enel para eles".
Pedido de Desculpas
Durante a sessão, o vereador João Jorge leu o pedido de desculpas feito pelo presidente a ENEL, Nicolas Cotugno, à população. "Hoje ele pede desculpas pelo incômodo causado aos 80 mil usuários. Mas, na verdade, ele deveria se desculpar pela letargia, pelo atraso e pelo péssimo serviço prestado" disse.