O forte temporal que atingiu o Rio Grande do Sul na sexta-feira (17) e se estendeu até sábado (18) causou estragos significativos em diversas regiões do estado e resultou na morte de três pessoas. A Defesa Civil do Estado reportou que 145 municípios foram impactados pelo grande volume de chuva e suas consequências.
Em Gramado, um deslizamento de terra provocado pela chuva intensa soterrou uma residência, resultando na morte de Elisabeta Maria Benisch Ponath, 51 anos, e Lidowina Lehnen, 86. Outras duas pessoas que estavam na casa conseguiram escapar e foram resgatadas com condição de saúde estável.
Na mesma cidade, um desmoronamento de uma casa no bairro Prinstrop levou ao resgate de três familiares que sofreram ferimentos leves. No domingo (19), em Vila Flores, uma mulher morreu após tentar cruzar um curso d'água de carro e ser arrastada pela correnteza, identidade ainda a ser confirmada pelo IGP.
A Bacia do Uruguai permanece em alerta, e a Defesa Civil do Estado adverte para as regiões Norte, Alto, Médio e Baixo Uruguai, além da Serra, os vales do Taquari e do Caí, que enfrentam riscos de inundações e transbordamentos. O coronel Marcus Vinícius Gonçalves de Oliveira enfatiza a importância da população ficar atenta aos alertas climáticos e comunicados oficiais.
O Vale do Taquari, em particular, enfrentou desafios significativos, com o Hospital Roque Gonzales em Roca Sales sendo atingido pela enchente do Rio Taquari, e Muçum registrando cerca de 180 pessoas em abrigos. Em Venâncio Aires, ações preventivas foram tomadas para remover 152 pessoas de áreas de risco.
Esses eventos recentes reforçam a necessidade de resposta ativa do poder público e da comunidade a alertas de fenômenos climáticos, como forma de prevenir incidentes e proteger vidas. A experiência de Roca Sales e Muçum, onde a população aderiu aos alertas, contrasta com a situação no Vale do Caí, onde houve resistência em evacuar residências, resultando em mais de 230 resgates.