Onda de calor muito forte se espalha sobre o Brasil

Temperaturas iguais ou acima dos 40°C serão observadas por vários dias. Entenda!

19 set 2023 - 04h38
(atualizado às 16h20)

A última semana do inverno de 2023 será com uma intensa onda de calor se espalhando pelo Brasil. Todas as regiões do Brasil serão afetadas por essa onda de calor, com maior ou menor intensidade. Mas o período muito quente deve se estender pela primeira semana da primavera e algumas áreas pelo interior do Brasil podem até conviver com temperaturas muito altas até quase o fim de setembro.

Saiba agora alguns aspectos importantes sobre esta onda de calor no Brasil

Até quando vai a onda de calor?

Esta onda de calor teve início no dia 17 de setembro de 2023 e deve se prolongar pela primeira semana da primavera. Algumas áreas pelo interior do Brasil, em parte do Centro-Oeste, do Norte, do Nordeste poderão conviver com temperaturas muito altas até quase o fim de setembro.

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Mas nem todas as regiões do Brasil vão sofrer o efeito das altas temperaturas durante todo este período. Esta onda de calor será mais prolongada nos estados do Centro-Oeste e no Distrito Federal, na parte oeste e noroeste de Minas Gerais, no Tocantins, na parte sul e leste do Pará, em áreas do interior do Maranhão, do Piauí e da Bahia.

A onda de calor será forte?

Sim, esta onda de calor pode ser considerada de forte intensidade. Provavelmente poderá ser comparada a uma das ondas de calor mais intensa já vividas recentemente pelo Brasil, que foi durante a primavera de 2020.

Qual a diferença entre bolha de calor e onda de calor?

As expressões querem dizer a mesma coisa. Onda ou bolha de calor é um período de alguns dias, ou até semanas, onde as temperaturas em uma determinada região, relativamente ampla, fica muito acima da média que seria normal para uma determinada época.

A expressão domo de calor (heat dome) vem sendo usada recentemente para descrever as intensas ondas de calor que foram observadas no verão do Hemisfério Norte em 2023.

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Este domo ou cúpula de calor é o resultado da atuação de sistemas de alta pressão atmosférica que ficam estacionários numa mesma região, por vários dias, e são os causadores dessas ondas de calor.

A alta pressão atmosférica forma como se fosse uma tampa comprimindo o ar na superfície e causa bloqueios na circulação atmosférica, dificultando a mistura entre as massas de ar quentes e mais frias. A alta pressão atmosférica, neste caso do Brasil, vai inibir o deslocamento das frentes frias pelo Sul do país para chegar ao Sudeste.  As frentes frias serão desviadas para alto mar, junto com o ar frio.

Foto: Climatempo

Foto: Getty Images

Mais de 40°C?

Sim! Temperaturas iguais ou acima dos 40°C serão observadas por vários dias em áreas como o norte do Paraná, oeste e norte de São Paulo, oeste de Minas Gerais (inclui Triângulo), Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, oeste da Bahia, interior do Maranhão e do Piauí, Tocantins, sul/leste do Pará, Rondônia.

Mas é preciso ter em mente que fazer 40°C em setembro no Centro-Oeste, Norte e interior do Nordeste é comum, não é nada demais. Mas, falar em 42°C, 43°C, 44°C, aí já é algo realmente especial, fora do comum

Esta onda de calor pode ser comparada a de 2020?

Alguns dias desta onda de calor da última semana do inverno de 2023 poderão ser comparados à onda de calor extrema que o Brasil viveu na primavera de 2020. O evento é recente e muita gente esquece disso!

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A referência que precisamos ter na cabeça é esta onda de calor da primavera de 2020, que mudou a climatologia de calor no Brasil. Antes desta onda de calor da primavera de 2020, a maior temperatura no país era no dígito 43°C. Depois dela, a base mudou para 44°C.

Alguns dados extremos da onda de calor da primavera de 2020

Oficialmente, a maior temperatura registrada no Brasil, em mais de 100 anos de medições pelo Instituto Nacional de Meteorologia, é de 44,8°C em Nova Maringá, nos dias 4 e 5 de novembro de 2020.

A maior temperatura registrada em uma capital foi 44,0°C, em Cuiabá, em 30/9/2020

A maior temperatura registrada em um dia setembro na cidade de São Paulo foi de 37,1°C, em 30/09/ 2020. Esta é a segunda maior temperatura registrada na capital paulista desde 1943.

A maior temperatura já registrada pelo Inmet em São Paulo foi 37,8°C, em 17/10/2014

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Veja o que o Instituto nacional de meteorologia registrou em Mato Grosso do Sul:

44,6°C em Água Clara em 05/10/2020 e Paranaíba em 07/10/2020

44,4°c em Água Clara, 01/10/2020) 

44,1°C em Coxim, 30/09/2020

44,0°C em Coxim, 06/10/2020

43,9°C em Água Clara, 02/10/2020

43,8°C em Corumbá, 15/11/1962

Veja as 10 maiores temperaturas em São Paulo, com dados oficiais do Inmet:

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1) 43,5°C de Lins em 07/10/2020

 2) 43,0°C de Iguape em 03/02/1933

 3) 42,9°C de Barretos em 07/10/2020

 4) 42,8°C de Registro em 02/10/2020

 5) 42,6°C de Ibitinga em 07/10/2020

 6) 42,4°C de Dracena em 06/10/2020

 7) 42,2°C de Catanduva em 05/10/2020

 8) 42,1°C de Iguape em 16/01/1956, Catanduva e Votuporanga em 03/10/2020

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 9) 42,0°C de Jales em 07/10/2020

 10) 41,9°C de Lins em 30/09/2020 e 06/10/2020 e Dracena em 03/10/2020

Cuidem-se, que esse calor será intenso! Além de oceanos mais quentes, é setembro e o Hemisfério Sul já está recebendo um "sol mais forte".

Cuidem das crianças, dos velhinhos e dos bichos. E será que você precisa mesmo sair correndo debaixo do sol? Por fim, lembre-se de que água é um santo remédio, que desidratação começa na hora que sua boca começa a ficar seca, que a temperatura dentro de carro, debaixo do sol, é muito, muito maior do que o termômetro marca na sombra.

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