A Mirror Group Newspapers (MGN), editora dos tabloides "Daily Mirror", "Sunday Mirror" e "Sunday People" será obrigada a pagar 140 mil libras (cerca de R$ 900 mil) ao príncipe Harry por grampear o seu telefone pessoal entre 1991 e 2011 após decisão judicial nesta sexta-feira (15). A decisão é do juiz Timothy Fancourt.
Em ida ao Tribunal Superior em junho, Harry chegou a afirmar que "o grampeamento telefônico estava em escala industrial em pelo menos três dos jornais [da Mirror Group Newspapers]". Ele disse que foi alvo por 15 anos e que mais de 140 histórias que apareceram nos jornais do grupo foram o resultado da coleta ilegal de informações.
O juiz afirmou que "15 dos 33 artigos que foram julgados eram produto da invasão de seu telefone celular ou dos telefones celulares de seus associados, ou o produto de outras informações ilegais". Timothy ainda disse que os executivos dos jornais estavam cientes da prática: "Considero que seu telefone foi hackeado de forma extensa e isso provavelmente foi cuidadosamente controlado por certas pessoas em cada jornal".
Já o Mirror Group Newspapers declarou após a decisão que "onde ocorreram erros históricos, pedimos desculpas sem reservas, assumimos total responsabilidade e pagamos uma compensação apropriada".
Não é apenas o príncipe Harry que contesta a editora britânica. Mais de cem outras pessoas estão processando a MGN acusando-a de atividades ilegais generalizadas, incluindo celebridades, atores e estrelas da música. Eles alegam que os jornalistas do grupo de mídia ou investigadores particulares contratados por eles obtiveram detalhes privados e realizaram outros atos ilícitos para descobrir informações sobre eles.
*sob supervisão de Camila Godoi