Putin afirma ter relação 'boa e de amizade' com Lula

24 out 2024 - 21h50

Em uma recente coletiva de imprensa, o presidente russo Vladimir Putin afirmou manter uma relação "boa e de amizade" com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva. A declaração foi feita logo após a Cúpula dos Brics, onde Putin também abordou a situação venezuelana, destacando as diferenças entre as posições de Rússia e Brasil em relação à crise no país sul-americano. O líder russo expressou esperança de que Brasil e Venezuela possam encontrar interesses comuns em futuras negociações bilaterais.

Vladimir Putin
Vladimir Putin
Foto: depositphotos.com / palinchak / Perfil Brasil

"Conheço o presidente Lula como pessoa muito honesta, muito boa e tenho certeza que ele — conheço as posições de objetividade — vai analisar essa situação", afirmou Putin.

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A amizade entre Putin e Lula foi reiterada, mesmo após o cancelamento da viagem do presidente brasileiro à Rússia devido a um acidente doméstico. Durante uma conversa telefônica, Lula pediu a Putin que transmitisse uma mensagem ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, sem, no entanto, revelar detalhes sobre o teor da mensagem.

O interesse da Venezuela nos Brics

A expansão do bloco dos Brics foi tema central durante a cúpula, onde a inclusão de novos países, como possíveis "parceiros", foi discutida. Uma lista preliminar de 13 países não incluiu a Venezuela, embora Nicolás Maduro tenha declarado que o país já faz parte do grupo. Putin ressaltou que qualquer convite à Venezuela só será possível mediante consenso entre os membros atuais do Brics.

A crise política na Venezuela continua a ser uma questão controversa no cenário internacional. A maioria da comunidade internacional e a oposição venezuelana não reconhecem os resultados das eleições presidenciais de 28 de julho, que deram vitória a Nicolás Maduro com mais de 50% dos votos, conforme o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) anunciou. Entretanto, as atas eleitorais que detalhariam os votos por mesa não foram divulgadas publicamente.

Em contraste, a oposição, liderada por personalidades como María Corina Machado, publicou atas que alega receber de fiscais partidários, as quais indicariam a vitória do ex-diplomata Edmundo González com quase 70% dos votos. As autoridades chavistas afirmam que essas atas são em sua maioria falsificadas, mas não apresentaram provas para substanciar sua alegação.

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