Qual a derrota que mais teria irritado Bolsonaro? Saiba mais

28 out 2024 - 18h23

A derrota de Fred Rodrigues (PL) em Goiânia no segundo turno das eleições municipais trouxe um impacto significativo para Jair Bolsonaro (PL), que, segundo a jornalista Bela Megale, desconsiderou alertas de aliados para evitar um compromisso público na capital goiana. Ignorando o conselho, o ex-presidente optou por apoiar diretamente o candidato do PL neste domingo (27), mas viu a vitória escapar para Sandro Mabel (União), que contava com o apoio do governador de Goiás, Ronaldo Caiado. Com 97% das urnas apuradas, Mabel liderava a disputa com 55% dos votos, enquanto Rodrigues aparecia com 44%.

Bolsonaro decidiu manter o compromisso em Goiânia e acompanhou de perto o resultado adverso
Bolsonaro decidiu manter o compromisso em Goiânia e acompanhou de perto o resultado adverso
Foto: Reprodução / Perfil Brasil

Entre os motivos identificados por apoiadores de Bolsonaro para a derrota de Rodrigues, dois fatos foram apontados como determinantes. Primeiramente, uma denúncia sobre a autenticidade de seu diploma universitário, que teria gerado desgaste na campanha. Em segundo lugar, uma operação da Polícia Federal que envolveu o deputado Gustavo Gayer, padrinho político de Rodrigues, acusado de irregularidades no uso de recursos públicos e falsificação de documentos. Segundo as investigações, Gayer é suspeito de empregar verba da Câmara para financiar uma escola de inglês e uma loja de roupas.

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Bolsonaro minimiza alerta de aliados e assiste derrota

Bolsonaro decidiu manter o compromisso em Goiânia e acompanhou de perto o resultado adverso. Ao longo da semana, pesquisas indicavam uma vantagem de Mabel, mas o ex-presidente resistiu em acreditar na derrota do aliado. A campanha na capital tinha para Bolsonaro um peso simbólico e político, por representarem, tanto Mabel quanto Caiado, figuras adversárias do ex-presidente. Nos últimos meses, Bolsonaro chegou a acusar o governador de Goiás de ser um "covarde" e "rosnador" em meio às disputas políticas.

Mesmo com o histórico de embates, Bolsonaro moderou o tom nesta reta final, dizendo que não há "racha" na direita e fazendo uma tentativa de aproximação com Caiado.

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