O secretário-adjunto de Segurança e Controle Urbano de Osasco, Adilson Custódio Moreira, foi morto a tiros na tarde de segunda-feira (6), dentro da sede da prefeitura da cidade, localizada na Grande São Paulo. O crime foi cometido por um guarda-civil municipal durante uma reunião.
Adilson acumulava mais de 25 anos de experiência no serviço público, tendo ocupado cargos de confiança em diferentes gestões. Ele começou sua trajetória na prefeitura durante o mandato do ex-prefeito Rogério Lins (Podemos) e permaneceu no governo do atual prefeito, Gerson Pessoa (Podemos).
O político também exerceu papéis importantes em administrações anteriores, incluindo os governos de Emídio de Souza (PT), quando chegou a atuar como segurança da primeira-dama e em postos de chefia.
O que motivou o ataque na Prefeitura de Osasco?
Na segunda-feira, Adilson havia convocado uma reunião com guardas-civis municipais para tratar da reestruturação da corporação no novo governo. O encontro acontecia na Sala Oval, um espaço reservado próximo ao gabinete do prefeito, que não estava presente no prédio.
Durante a reunião, uma discussão ocorreu entre o secretário-adjunto e o guarda Henrique Marival de Souza, que sacou sua arma e efetuou disparos. Testemunhas relataram que outros guardas presentes correram do local, enquanto Henrique trancava a porta e mantinha Adilson como refém.
O Grupo de Operações Táticas Especiais (Gate) foi acionado para negociar a rendição do guarda. Após cerca de duas horas, ele se entregou às autoridades por volta das 19h30 e foi levado à delegacia seccional de Osasco.
Repercussão e homenagem
Nas redes sociais, o ex-prefeito Rogério Lins lamentou o ocorrido, descrevendo Adilson como "um grande combatente" que lutou por melhorias para a Guarda Civil Municipal (GCM). "Lamentamos essa situação ocorrida na Prefeitura de Osasco, que culminou na morte covarde do secretário-adjunto de Segurança e Controle Urbano, Adilson Moreira, um grande combatente, mas principalmente um amigo", escreveu.
Adilson também era ativo em sua conta no Instagram, onde compartilhava imagens de cavalos e de momentos no campo, acumulando cerca de 2 mil seguidores. O velório foi marcado para a manhã desta terça-feira (7) na prefeitura de Osasco. O sepultamento ocorrerá às 17h no Cemitério Bela Vista.
Investigação
O guarda Henrique Marival de Souza, apontado como autor do crime, já havia recebido elogios por sua atuação na GCM em 2017, segundo registros da corporação. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública informou que ele foi autuado no 5º Distrito Policial de Osasco e permanece à disposição da Justiça.
A prefeitura decretou luto oficial de três dias em memória do secretário-adjunto.