Uma série de rebeliões aconteceram em penitenciárias em todo o Brasil em 2018. A primeira delas aconteceu logo no primeiro dia do ano, no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, e resultou na fuga de 99 presos. Ao menos nove detentos foram mortos e 14 ficaram feridos na rebelião. Pelo caso, a então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministra Cármen Lúcia, ordenou a produção de relatórios sobre a situação do presídio.
Pouco depois a penitenciária teve outra rebelião, que foi controlada. A Penitenciária Milton Dias Moreira, em Japeri, Rio de Janeiro, teve 18 reféns, sendo oito agentes da secretaria e dez detentos, durante um motim.
No Centro de Recuperação Penitenciário Pará I, em Santa Isabel do Pará, três presos foram mortos e seis agentes penitenciários foram mantidos reféns. No mesmo estado, detentos do Centro de Recuperação Regional de Bragança também se rebelaram. Também no Pará, sete detentos morreram e outros três ficaram feridos em uma rebelião no Centro de Recuperação Regional de Altamira (CRRALT).
A rebelião na Casa de Custódia de Curitiba (CCC) teve quatro agentes penitenciários mantidos reféns dentro da unidade, sendo motivada pela transferência de sete detentos para outras unidades prisionais no interior do Paraná após uma briga interna. No Centro de Detenção Provisória de Taubaté, em São Paulo, os reféns foram onze religiosos e dois agentes penitenciários, com os presos protestando contra a superlotação da cadeia.
Na Penitenciária Estadual Rogério Coutinho Madruga, em Nísia Floresta, no Rio Grande do Norte, quatro presos foram encontrados mortos com sinais de estrangulamento. A unidade é vizinha da Penitenciária de Alcaçuz, palco de um massacre que terminou com 26 detentos assassinados em janeiro de 2017. Ao menos nove presos morreram em confronto com a polícia após fugirem da Unidade de Tratamento Penal Barra da Grota (UTPBG), em Araguaína, ao norte do Tocantins. Ao todo 28 homens escaparam do presídio.
No Rio de Janeiro, o Presídio Jonas Lopes de Carvalho, conhecido como Bangu 4, também foi alvo de rebelião pelos detentos, com três reféns.