A partir desta quarta-feira (8), uma frente fria formada por um ciclone extratropical deve causar chuva em todo o estado do Rio Grande do Sul. Previsões realizadas por meteorologistas apontam que há também chance de temporais fortes na Metade Norte.
O sul do estado também pode receber altas precipitações na quarta-feira. Em Rio Grande, espera-se 90 milímetros de chuva em 24 horas, um valor ligeiramente inferior à média mensal de maio na cidade, que é de 112mm.
Conforme a Climatempo, cidades como Bagé podem alcançar cerca de 80mm de chuva. O Inmet indica que a média histórica de precipitação para Bagé em maio é de 129,6mm.
Na quarta-feira, um ciclone extratropical se desenvolverá ao extremo sul da América do Sul. Embora não impacte diretamente o Rio Grande do Sul, originará uma frente fria que provocará chuvas em todo o estado. Esses sistemas também intensificarão as rajadas de vento nas diversas áreas gaúchas.
A chuva deve começar no fim desta manhã e se estender por toda a tarde, seguindo com o tempo chuvoso até o domingo (12). Os volumes maiores são esperados a partir de quinta-feira.
Os temporais que atingiram o RS na semana passada já deixaram 95 mortos e 372 feridos, além de 131 desaparecidos. Enquanto os desabrigados são 48.799, desalojados somam 159.036. Ou seja, mais de 207 mil pessoas tiveram que deixar suas casas.
Frente fria piora cenário do RS
De acordo com meteorologistas consultados pelo g1, a chuva e os ventos atuais podem agravar a situação. Isso ocorre porque o vento facilita o escoamento da água acumulada, e no momento ele está fluindo na mesma direção da água, o que acelera o processo.
Porém, a partir desta noite, com o aumento das chuvas, o vento irá mudar de direção, soprando de forma contrária ao escoamento. Hoje, a frente fria afetará mais intensamente a parte sul do estado, região responsável pelo escoamento da Lagoa dos Patos, que auxilia na drenagem das águas do Guaíba. Com as precipitações, o nível da água pode aumentar ainda mais.
Entre quinta-feira e domingo, a frente fria deve avançar para a metade norte do Rio Grande do Sul. O destaque é que esses serão os dias de chuvas mais intensas, afetando principalmente as cabeceiras dos rios do estado.
* Sob supervisão de Lilian Coelho