Saiba o valor que Paulo Maluf terá que devolver aos cofres públicos de SP

Com a decisão, a família do ex-prefeito perde cerca de 33% da empresa Eucatex, passando as ações ao poder da BTG Pactual.

19 abr 2023 - 17h30
(atualizado às 17h48)

Paulo Maluf, ex-prefeito de São Paulo, e sua família terão que devolver aos cofres públicos da capital paulista cerca de R$ 220 milhões. A Eucatex, empresa da família Maluf, e o Banco BTG Pactual começaram a pagar o previsto no acordo firmado entre o Ministério Público e a Procuradoria-Geral da cidade de São Paulo para devolver o montante determinado pela Justiça, ou seja, US$ 44 milhões.

A família do ex
A família do ex
Foto: prefeito Paulo Maluf foi condenada pela Justiça por desvio de verba pública em obras da Avenida Jornalista Roberto Marinho e Túnel Ayrton Senna (Crédito Wilson Dias/Agência Brasil) / Perfil Brasil

A devolução da família Maluf é resultado de uma ação civil pública contra o ex-prefeito Paulo Maluf por desvio de verbas das obras da Avenida Jornalista Roberto Marinho e Túnel Ayrton Senna, entre 1993 e 1998. Paulo Maluf assumiu a prefeitura da capital paulista pela segunda vez em janeiro de 1993.

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As empresas pagaram nesta quarta-feira (19) US$ 38 milhões, equivalente a R$ 152,8 milhões. Em breve serão liberados outros dois valores de cerca de R$ 35 milhões. Com isso, a família Maluf perde mais de um terço da empresa Eucatex, passando as ações ao poder da BTG Pactual.

Maluf foi acusado pelo Ministério Público Federal de usar contas no exterior para lavar o dinheiro desviado. Ele usava contas bancárias em nome de empresas offshores (firmas usadas para investimentos no exterior) para, então, enviar dinheiro desviado e reutilizar parte do dinheiro da compra de ações de empresas da família dele, a Eucatex.

A construtora responsável teria promovido um superfaturamento da obra e repassado o dinheiro a Paulo Maluf. A Prefeitura de São Paulo e o Ministério Público adicionaram ao processo vários documentos como extratos bancários e cópias de cheques tentando mostrar o caminho do dinheiro, passando primeiro por Nova York e indo parar em Jersey, um paraíso fiscal.

Atualmente, a gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) alcançou, em fevereiro deste ano, cerca de R$ 35 bilhões em caixa, segundo dados da Secretaria Municipal da Fazenda.

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