A comissão foi esvaziada após uma aliança entre o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o governo. Dessa forma, os membros da CPI que fazem oposição ao governo avaliam finalizar o relatório e colocá-lo em votação na semana que vem.
"Nós decidimos diante dessas manobras não prorrogar a CPI. Para além dessa decisão, nós estamos considerando firmemente a hipótese de fazer um relatório já na semana que vem e encerrar a CPI. Se não temos condições de ficar atuando para buscar a verdade, não vamos ficar fazendo teatro na CPI", afirmou Salles.
A reunião desta quinta com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, mostrou como a CPI perdeu fôlego após as mudanças na sua composição. Os embates entre base aliada ao Planalto e a oposição deram lugar a um depoimento morno de Teixeira.
Além de indicar o fim dos trabalhos, Salles já precificou uma eventual derrota do relatório que deverá ser apresentado por ele na semana que vem.
"Essa é a última medida. A entrega do relatório e submissão ao voto. Com essa configuração da comissão agora temos sérias dúvidas se aprovariam um relatório. Não estamos nem contando com essa hipótese de aprovar o relatório", disse o relator da CPI, Ricardo Salles.