Show de Sting reabre o Bataclan um anos após atentados

13 nov 2016 - 11h43
(atualizado às 11h49)
Concerto de Sting reabriu a casa de shows um ano após os atentados na França
Concerto de Sting reabriu a casa de shows um ano após os atentados na França
Foto: EFE

A casa de shows Bataclan, principal cenário dos atentados de Paris de 13 de novembro de 2015, reabriu suas portas nesse sábado (12), com um concerto de Sting, em meio a estritas medidas de segurança.

Cerca de 1.500 pessoas estavam presentes no Bataclan quando começou o show, precedido de um minuto de silêncio. Estiveram no show centenas de sobreviventes ou parentes e amigos das vítimas. No 13 de Novembro, 89 pessoas foram mortas na casa de espetáculos.

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"Esta noite temos duas tarefas a conciliar: primeiro, recordar os que perderam a vida no ataque, e, depois, celebrar a vida, a música, neste lugar histórico", disse o cantor britânico em francês, antes de fazer um minuto de silêncio.

O antigo líder do The Police foi o primeiro artista a entrar neste palco desde o ataque realizado em 13 de novembro, em pleno show do grupo de rock americano Eagles of Death Metal.

"É a primeira vez que vou a um local público em um ano. Nunca mais fui ao cinema ou a um concerto, recebia as compras em casa, onde fiquei o tempo todo", confessou um dos sobreviventes. "Esta noite retomo a minha vida como era antes", acrescentou.

Antes de entrar no local, os espectadores tiveram que passar por até quatro controles de segurança.

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No exterior do edifício, dezenas de policiais armados com metralhadoras estabeleceram um perímetro que impedia a aproximação, e os carros não podiam circular em um quarteirão ao redor.

Reabertura do Bataclan aconteceu sob forte aparato de segurança
Foto: EFE

Além das dezenas de jornalistas, poucos curiosos se aproximaram desse perímetro de cercas, desanimados também por uma chuva fria que acrescentou um toque de melancolia ao ambiente, ao que contribuía igualmente um pequeno altar com ramos de flores e velas junto aos canteiros do Canal Saint-Martin, que passa por ali.

Em representação do governo francês esteve a ministra de Cultura, Audrey Azoulay, que disse à imprensa que nesta noite o Bataclan seria "a maior sala de espetáculos da França e talvez do mundo".

Antes do show, as forças da ordem realizaram uma varredura minuciosa em seu interior, o que incluiu a passagem dos agentes também nos subterrâneos. Além disso, foram instaladas 14 câmeras de vigilância tanto dentro como fora do local.

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Sting, que já tinha se apresentado uma vez no Bataclan, em 1979, não recebeu dinheiro pelo show, já que decidiu que seus honorários serão destinados a duas organizações de ajuda às vítimas. Ainda há 20 feridos nos atentados que seguem hospitalizados, além das centenas de pessoas que precisam de assistência médica ou psicológica.

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