A Nasa anunciou nesta sexta-feira (27) que a sonda solar Parker, após realizar a maior aproximação já registrada ao Sol, está "segura" e "operando normalmente". A espaçonave, lançada em 2018, alcançou a marca histórica no dia 24 de dezembro, ao chegar a apenas 6,1 milhões de quilômetros da superfície solar, uma área conhecida como coroa.
Segundo a agência espacial, o Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins, em Maryland, recebeu o sinal da sonda pouco antes da meia-noite. Informações mais detalhadas sobre o status e os dados coletados pela Parker são esperadas no dia 1º de janeiro.
Rayando el Sol 🌞
La sonda solar Parker de @NASASun hará su aproximación máxima a la estrella el 24 de diciembre. En este video, el físico espacial de @NASAGoddard Cristian Ferradas Alva comparte tres datos importantes sobre la histórica misión: https://t.co/hJMX6HaDaL pic.twitter.com/unvmsCUdcn
— NASA en español (@NASA_es) December 19, 2024
Como a sonda Parker resiste às condições extremas?
Equipada com um escudo térmico altamente avançado, a sonda Parker suportou temperaturas de mais de 930°C, mantendo seus instrumentos internos em uma temperatura ambiente de cerca de 29°C. Durante sua jornada, a Parker viajou a uma velocidade impressionante de 690 mil km/h, rápida o suficiente para ir de Washington, nos EUA, a Tóquio, no Japão, em menos de um minuto.
A missão de sete anos, que busca responder questões fundamentais sobre o comportamento do Sol, já tem revelado insights cruciais. A sonda está investigando, por exemplo, como o material da coroa solar é aquecido a milhões de graus, a origem do vento solar e como partículas energéticas atingem velocidades próximas à da luz.
"Nenhum objeto feito pelo homem jamais passou tão perto de uma estrela, portanto a Parker realmente enviará dados de um território desconhecido", afirmou Nick Pinkine, gerente de operações da missão, no Laboratório de Física Aplicada.
Impacto e legado da missão Parker
Além de marcar um feito inédito, a Parker fornece informações essenciais para prever eventos climáticos espaciais, como tempestades solares, que podem causar sérios impactos na tecnologia terrestre, incluindo satélites e redes elétricas.
"Este é um exemplo das missões ousadas da Nasa, fazendo algo que ninguém fez antes para responder a perguntas de longa data sobre o nosso universo", declarou Arik Posner, cientista do programa Parker Solar Probe, em um comunicado na segunda-feira .