O Supremo Tribunal Federal (STF) encerrou a fase de interrogatórios dos primeiros processos abertos pela Corte contra investigados pelos atos golpistas de 8 de janeiro. Com a finalização dessa fase, 228 ações penais devem ser liberadas para julgamento em setembro. Cada ação corresponde a um réu acusado de participar da execução dos atos que culminaram na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília.
A previsão foi feita pelo gabinete do ministro Alexandre de Moraes, relator dos processos oriundos da investigação. Na sequência, ainda passarão por análise do revisor, ministro Nunes Marques. Ele confirma ou complementa o relatório dos casos. Depois, ainda é preciso que a presidente da Corte, ministra Rosa Weber, coloque as ações em pauta para julgamento.
As audiências fazem parte da tramitação do processo. Depois de recebida a denúncia, são ouvidas testemunhas de defesa e de acusação. Depois, é feito o interrogatório do próprio réu.
Todo o procedimento foi feito por videoconferência. Como os réus estão presos, eles participaram das audiências de dentro dos presídios da Papuda e da Colmeia, em Brasília.
Na terça-feira (1°), foi finalizada a fase de depoimentos de testemunhas de acusação e de defesa, além do interrogatório dos acusados.
Foram realizadas as oitivas 386 testemunhas indicadas pelas defesas e o interrogatório de 228 réus.
Desde o início das investigações, 1.290 investigados se tornaram réus no Supremo.
Eles respondem pelos crimes de associação criminosa, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado e dano ao patrimônio público.