As soluções de memória e armazenamento sempre foram centrais para as funções básicas da computação, mas nem sempre foram vistas como centrais para o valor que a computação criou. E a IA (ou AI, em inglês) está ajudando a mudar essa percepção.
A Inteligência Artificial foi um tema-chave de todas as conferências de tecnologia em 2018. Uma pesquisa feita pela Accenture, Intel e SAS, e divulgada no fim do ano passado, mostrou que 72% das empresas no mundo já usam a AI em uma ou mais áreas de negócio. No Brasil, esse número também já é expressivo – 65% das empresas já usam a tecnologia. E destas, 65% dizem usá-la para extrair insights de dados com maior rapidez.
Agora que os dados e a análise de dados são as medidas de criação e diferenciação de valor, a capacidade do computador de movê-los, interpretá-los e entendê-los rapidamente torna-se fundamental.
A IA também se tornou rapidamente uma parte natural de nossa vida cotidiana. Hoje, há smartphones que usam a inteligência artificial para, por exemplo, reconhecer uma cena e ajustar as configurações da câmera para capturar a imagem perfeita. Com essas ferramentas de IA, estes aparelhos são desenhados para captar dados a partir de sensores, assimilá-los e, então, armazená-los e computá-los.
Para conseguir cumprir funções como reconhecimento facial, predição de atividade e ainda criptografar todos os dados para dar mais segurança ao usuário, os smartphones precisam balancear a necessidade de armazenamento e capacidade computacional, com preço e duração da bateria. Isso faz com que precisem de um sistema de memória e armazenamento inovador.
A crescente relevância da memória e do armazenamento de alta velocidade para tarefas, como essas, hoje essenciais, está dando aos pesquisadores e equipes de engenharia novas oportunidades de transformar a maneira como o mundo usa informações para enriquecer a vida.
Os debates nos levam a centenas de novas soluções que já estão disponíveis e tantas outras sendo criadas, e que ilustram o impacto penetrante e dramático que a inteligência artificial terá no mercado de memórias e armazenamento, ainda muitas vezes visto como coadjuvante na transformação digital, mas, certamente, de extrema relevância para que empresas e pessoas possam usar cada vez mais a AI em seu cotidiano.
(*) Ricardo Vidal é diretor da Micron para a América Latina