O senador Ted Cruz abandonou a corrida para ser o candidato do Partido Republicano à presidência dos Estados Unidos após perder as primárias desta terça-feira (3), no estado de Indiana, para o rival Donald Trump.
Num discurso em Indianápolis, Cruz, que se apresentava como a única alternativa a Trump no lado republicano, anunciou a sua retirada, deixando o campo praticamente livre para o magnata, que tem agora como único concorrente o senador de Ohio John Kasich.
"Demos o nosso melhor em Indiana, mas esta noite os eleitores escolheram outro caminho. Por isso cancelamos a nossa campanha", anunciou Cruz.
A desistência do pré-candidato deixa o caminho quase totalmente livre para Trump, que após a vitória desta terça-feira em Indiana ficou a menos de 200 delegados de conseguir a nomeação em termos matemáticos, apesar de ainda não terem votado estados muito populosos, como a Califórnia e Nova Jersey.
Reagindo à saída de Cruz, Trump classificou o rival de um "adversário duro" com um "grande futuro". Ele previu também que será o grande vencedor das eleições presidenciais de novembro. "Vamos atrás de Hillary Clinton. Vamos vencer em novembro e vamos vencer para valer, e os Estados Unidos vão ficar em primeiro lugar", afirmou.
Trump não é aceito por boa parte da cúpula republicana. O senador de Nebraska Ben Sasse, que reiteradamente afirmou que não vai apoiar Trump, disse que o resultado de Indiana não muda nada na sua posição.
Já o presidente do Comitê Nacional Republicano, Reince Priebus, reconheceu que Trump é o provável candidato do partido à presidência, após a saída de Cruz da corrida eleitoral. "Donald Trump será o provável nomeado do Partido Republicano, devemos nos unir e nos concentrar em derrotar Hillary Clinton", afirmou Priebus, numa mensagem publicada no Twitter.
Clinton x Sanders
Entre os democratas, a vitória em Indiana foi do senador de Vermont Bernie Sanders, apesar de as sondagens inicialmente darem Hillary Clinton como vencedora. O resultado, porém, não tem grande influência sobre a atual situação, pois Hillary já tem 92% dos delegados de que precisa.
"Sei que a campanha de Clinton pensa que esta campanha acabou. Eles estão errados", afirmou Sanders. Hillary, porém, já está com os olhos voltados para o provável embate contra Trump.