Amigo relata violências sofridas por brasileiros traficados em Mianmar: ‘Agressão psicológica e física’

Abias Gomes participou do Terra Agora desta quinta, 19

19 dez 2024 - 18h16
(atualizado às 20h12)
Amigo relata violências sofridas por brasileiros traficados: ‘Agressão psicológica e física’
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Phelipe de Moura Ferreira, de 31 anos, e Luckas Viana dos Santos, de 26, estão sendo forçados a trabalhar em condições análogas à escravidão em Mianmar, no Sudeste da Ásia, após terem sido vítimas de tráfico humano. Em participação no Terra Agora desta quinta-feira, 19, Abias Gomes relatou as conversas recentes com os amigos e revelou castigos sofridos pelos brasileiros.

Conforme Gomes conta, os dois são obrigados a trabalhar 15 horas por dia, da manhã até a madrugada. O amigo da dupla também conta que eles têm uma meta de apresentar resultado de US$ 6 mil (R$ 36,7 mil). Se não for cumprida, ameaças são feitas. 

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“Eles têm castigo. Se o golpe não é bem aplicado ou se o cliente desconfia que é golpe, eles levam o que chama de punição. O Luckas já foi punido a ficar várias horas com um galão de água nas costas. O Phelipe relata que são eletrocutados, agredidos, ficam sem comida e sem água. Sempre com muita pressão. Sofrem agressão psicológica e física.

Abias Gomes conversa com o Terra Agora
Abias Gomes conversa com o Terra Agora
Foto: Reprodução/Youtube/Terra

Gome destacou que finge estar interessado em trabalhar no País como uma maneira de manter contato com as pessoas que sequestraram Phelipe. Os criminosos tentam levar até 50 brasileiros a Mianmar até o fim do ano, mediante o pagamento de US$ 300 (R$ 1,8 mil) por pessoa convencida a ir para o local em busca de oportunidade.

“Eles querem levar brasileiros para lá porque sabem que a negociação é mais difícil. Que o Brasil não interfere tanto, não ajuda muito os brasileiros lá. Eles querem levar brasileiros para lá. Sabem que brasileiro é mais difícil de sair de lá”, completou. 

Phelipe e Luckas foram à Tailândia atraídos por supostas oportunidades de emprego. Ao chegarem no País, no entanto, foram levadas para Mianmar, onde enfrentam as condições análogas à escravidão.

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Fonte: Redação Terra
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