A policial civil Gislayne de Deus virou um dos assuntos desta semana ao efetuar a prisão do homem que assassinou seu pai há 25 anos. Nesta quinta-feira, 3, em participação no Terra Agora, a escrivã destacou a sensação de “paz e justiça” no momento em que a detenção foi concretizada, em Roraima.
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“A sensação de paz para mim e minha família não dá nem para mensurar, essa sensação de paz e justiça”, contou em conversa com Cazé Pecini.
Ainda ao relembrar o trabalho para a prisão, Gislayne contou do momento de desabafo ao descobrir que os colegas da Delegacia Geral de Homicídios haviam capturado o criminoso, que era procurado desde 2016.
“Quando me ligaram que conseguiram pegar ele, naquele momento confesso que chorei muito. É algo que você espera, mas já fazia tanto tempo que já estava ficando meio crédula. Eu participei mais da parte de análise das informações”, continuou.
Embora reconheça que dificilmente Raimundo passe os 12 anos da condenação preso, a policial reforçou a sensação de justiça com a ação. Ela também revelou a conversa que teve com o assassino na delegacia.
“Quando ele chegou lá, conversei e falei: ‘sou filha da pessoa que o senhor matou. Sou policial civil, e o senhor está sendo preso pelo cumprimento do mandado de prisão expedido pela Justiça. Disse para ele que iria pagar, mesmo que minimamente. A gente sabe que por mais que esteja lá 12 anos, tem a questão da progressão de regime, da idade. Mas, para a família, só de saber que a pessoa que cometeu o crime, tirou a pessoa que você que ama do seu lado, ele ser preso, cumprir nem que seja minimamente a pena, isso traz a sensação de justiça completa. Uma parte da justiça foi feita quando houve a condenação em 2013, e ela se concretizou definitivamente agora”, completou.
O crime aconteceu em 16 de fevereiro de 1999, no bairro Asa Branca, em Boa Vista. Durante uma briga, Raimundo atirou em Givaldo ao cobrar uma dívida. Depois do tiro, ele chegou a levar a vítima para o hospital, mas fugiu logo em seguida. Gislayne e as irmãs, sendo a mais nova de 2 anos na época, ficaram órfãs.