A repercussão sobre a morte do empresário Henrique Chagas, 27, após um procedimento de peeling de fenol, levantou uma série de questões sobre a segurança aos pacientes submetidos ao tratamento. Ao Terra Agora desta quinta-feira, 6, o médico Felipe Ribeiro, integrante da Sociedade Brasileira de Dermatologia, reiterou que o peeling é seguro quando feito sob as circunstâncias corretas.
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De acordo com Ribeiro, entre os procedimentos estéticos, o peeling de fenol é o mais invasivo, atingindo a derme reticular, a camada mais profunda da pele. No entanto, o médico afirma que o peeling é extremamente seguro, realizado tanto o tratamento estético quanto de doenças.
"É um líquido aplicado no rosto que gera um processo inflamatório e 'arranca' as células, obrigando o corpo a produzir novas células. É bem tolerado e seguro. A Sociedade Brasileira de Dermatologia e a Sociedade Internacional de Peeling revisam, todos os anos, as regras de boas práticas do procedimento", afirma Ribeiro.
O dermatologista reitera que, apesar da segurança, há necessidade de que o procedimento seja realizado por médicos. "Existe todo um protocolo que é pedido para todos os pacientes, como eletrocardiograma, exames de urina e sangue. Há, depois, uma segunda consulta onde checamos os exames e se há alguma contraindicação".
"Se a regra for seguida, não há relato de morte. No passado, quando esse procedimento era realizado por biomédicos, cabeleireiras, em casa ou em salões. Desde a regulamentação, o último caso de morte foi em 2007", explicou.
Procedimento invasivo, mas seguro
O especialista explicou que, no procedimento, o ácido passa pelas camadas da pele até chegar à derme, onde há vasos sanguíneos. Dessa forma, o fenol chega a órgãos como o coração, rins e fígado, responsáveis por filtrar a segurança. "Quando algum desses órgãos não está íntegro, acontecem os problemas".
"A parada cardíaca é rara. A arritima acontece em 7% dos pacientes que fazem o fenol, depois de 20 segundos da aplicação. Pode haver uma alteração cardíaca, mas a gente é preparado para reverter, não é uma complicação inesperada. Quanto aos rins e fígado, já sabemos que o paciente não tem problemas porque pedimos exames precocemente", apontou Ribeiro. Acompanhe o programa na íntegra aqui.
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