Peeling de fenol: invasivo, procedimento é seguro quando feito corretamente, diz médico

Morte do empresário Henrique Chagas, 27, levantou uma série de questionamentos sobre a segurança aos pacientes submetidos ao tratamento

6 jun 2024 - 18h06
(atualizado em 7/6/2024 às 10h36)
Peeling de fenol: 'Dá certo se for feito da maneira correta', alerta médico sobre procedimento
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A repercussão sobre a morte do empresário Henrique Chagas, 27, após um procedimento de peeling de fenol, levantou uma série de questões sobre a segurança aos pacientes submetidos ao tratamento. Ao Terra Agora desta quinta-feira, 6, o médico Felipe Ribeiro, integrante da Sociedade Brasileira de Dermatologia, reiterou que o peeling é seguro quando feito sob as circunstâncias corretas.

De acordo com Ribeiro, entre os procedimentos estéticos, o peeling de fenol é o mais invasivo, atingindo a derme reticular, a camada mais profunda da pele. No entanto, o médico afirma que o peeling é extremamente seguro, realizado tanto o tratamento estético quanto de doenças. 

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"É um líquido aplicado no rosto que gera um processo inflamatório e 'arranca' as células, obrigando o corpo a produzir novas células. É bem tolerado e seguro. A Sociedade Brasileira de Dermatologia e a Sociedade Internacional de Peeling revisam, todos os anos, as regras de boas práticas do procedimento", afirma Ribeiro.

Peeling de fenol: apesar de invasivo, procedimento é seguro quando feito da maneira correta, diz médico
Peeling de fenol: apesar de invasivo, procedimento é seguro quando feito da maneira correta, diz médico
Foto: Terra Agora

O dermatologista reitera que, apesar da segurança, há necessidade de que o procedimento seja realizado por médicos. "Existe todo um protocolo que é pedido para todos os pacientes, como eletrocardiograma, exames de urina e sangue. Há, depois, uma segunda consulta onde checamos os exames e se há alguma contraindicação". 

"Se a regra for seguida, não há relato de morte. No passado, quando esse procedimento era realizado por biomédicos, cabeleireiras, em casa ou em salões. Desde a regulamentação, o último caso de morte foi em 2007", explicou. 

Empresário Henrique Chagas, de 27 anos, morreu depois de fazer procedimento estético no rosto
Foto: Reprodução/Rick Chagas no Facebook / Estadão

Procedimento invasivo, mas seguro

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O especialista explicou que, no procedimento, o ácido passa pelas camadas da pele até chegar à derme, onde há vasos sanguíneos. Dessa forma, o fenol chega a órgãos como o coração, rins e fígado, responsáveis por filtrar a segurança. "Quando algum desses órgãos não está íntegro, acontecem os problemas". 

"A parada cardíaca é rara. A arritima acontece em 7% dos pacientes que fazem o fenol, depois de 20 segundos da aplicação. Pode haver uma alteração cardíaca, mas a gente é preparado para reverter, não é uma complicação inesperada. Quanto aos rins e fígado, já sabemos que o paciente não tem problemas porque pedimos exames precocemente", apontou Ribeiro. Acompanhe o programa na íntegra aqui

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Fonte: Redação Terra
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