Um terremoto de magnitude 7,6 sacudiu o oeste do México nesta segunda-feira, 19, e sua intensidade foi sentida até na capital, onde os moradores abandonaram suas casas aterrorizados, na mesma fatídica data em que outros tremores atingiram o país em 2017 e 1985, deixando milhares de mortos.
Até agora, as autoridades não relataram nenhum dano.
Minutos após um exercício nacional de simulação, o movimento tectônico começou a cerca de 37 quilômetros a sudeste do município de Aquila, no estado de Michoacán, e a uma profundidade de 15,1 quilômetros, segundo dados do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês).
Devido à intensidade, prédios e casas balançaram na Cidade do México e a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA) emitiu um alerta de tsunami para a costa do Pacífico mexicano e para outros países das Américas.
Nenhum dano foi registrado até agora na capital mexicana, onde vivem cerca de 9 milhões de pessoas, disseram autoridades. Helicópteros sobrevoaram a populosa cidade em busca de vítimas e algumas áreas da cidade ficaram sem eletricidade.
"Já parece uma maldição. Como em 2017, fizemos a simulação e (mais tarde) o terremoto começou", disse Isa Montes, designer gráfica de 34 anos de Roma Sur, um bairro de classe média da capital mexicana.
"Isso me assusta depois do que vimos em 2017", acrescentou.
Em 19 de setembro daquele ano, um terremoto de 7,1 sacudiu o centro do país minutos após uma simulação nacional. Muitas pessoas não deixaram suas casas e prédios pensando que era outro exercício, e o forte tremor deixou cerca de 370 mortos.
As simulações geralmente são realizadas em 19 de setembro após um forte terremoto atingir o país nessa data em 1985, deixando dezenas de milhares de mortos. O tremor de 1985 é, até hoje, o mais mortal da história do país.