Trecho de rodovia desaba em Capela de Santana (RS)

Defesa Civil estadual diz que não houve "maiores danos reportados até o momento"

21 mai 2024 - 16h45

Um trecho da rodovia ERS-240 desabou na noite de segunda-feira (20), na altura do km 20,5, devido a um acúmulo de água em Capela de Santana, na Região Metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.

Trecho da rodovia que desabou no Rio Grande do Sul
Trecho da rodovia que desabou no Rio Grande do Sul
Foto: Prefeitura de Capela de Santana / Perfil Brasil

De acordo com a Defesa Civil de Capela de Santana, houve um acúmulo de água de um dos lados da rodovia que acabou rompendo a galeria, danificando o asfalto e extravasando, causando alagamentos no outro lado da pista.

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O órgão municipal adotou medidas de prevenção. Os moradores, cerca de 25 famílias, foram informados da situação, mas a água dissipou rapidamente, sem maiores danos reportados até o momento. A situação no local segue sendo monitorada pelo poder público municipal.

Durante o final da tarde da segunda, a Defesa Civil Municipal chegou a fazer uma postagem em seu perfil oficial no Facebook informando que houve um "abaulamento" (inclinação) da pista devido ao colapso no dispositivo de drenagem, o que aumentou consideravelmente a vazão da água que se encontra represada a margem da rodovia em direção aos Arroio Amoras.

"Não há motivos para ainda ser tomada nenhuma medida, caso a situação se agrave a Defesa Civil e a Prefeitura Municipal emitirão novas informações e orientações", acrescentou o alerta do município.

Depois, a administração municipal fez uma postagem durante a noite informando que uma barragem que estava com acúmulo de água nas margens da ERS-240 havia rompido. A publicação também alertava que havia "risco de alagamentos nas margens do Arroio Mineiro, trilhos, estação Arrozeira e demais locais próximo ao Arroio".

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Pronunciamento da concessionária responsável pela rodovia

A CSG Caminhos da Serra Gaúcha, concessionária responsável pela rodovia, disse em nota que "o trecho foi bloqueado totalmente às 16h30 desta segunda" e que "uma equipe trabalhava para drenar o volume excessivo de água" desde quinta-feira (15). A origem da água seria as fortes chuvas.

No entanto, o prefeito do município, José Alfredo Machado (PP), disse que alertou formalmente a concessionária responsável sobre a situação, mas que a companhia teria deixado para drenar o local quando já era tarde demais. Confira a nota da concessionária:

"A CSG informa que ocorreu na noite desta segunda-feira (20) uma ruptura de pista na ERS-240, km 20,5 em Capela de Santana.

O trecho vinha sendo monitorado pela companhia desde o dia 30 de abril. A equipe da empresa já vinha trabalhando desde a última quarta-feira (15) no local para drenar o volume excessivo de água na borda da pista causado pelas fortes chuvas que resultaram na maior catástrofe climática da história do estado do Rio Grande do Sul.

A concessionária acrescenta que o trecho foi bloqueado totalmente às 16h30 desta segunda, sem incidentes e sem qualquer risco aos motoristas e demais usuários da rodovia.

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Também na tarde desta segunda-feira, após a constatação de perigo iminente, a companhia comunicou a Defesa Civil para que alertasse a população sobre o risco de desmoronamento da pista e, consequentemente, invasão de água no perímetro urbano.

Desde a pausa das últimas chuvas, no dia 15 de maio, a CSG instalou uma bomba hidráulica de alta potência para drenar a água acumulada e reduzir a pressão hidráulica no aterro da rodovia com o objetivo de, posteriormente, substituir a linha de bueiro existente por uma galeria de águas pluviais mais adequada. Durante os trabalhos, na tarde desta segunda-feira (20), a CSG observou que o local não estava suportando a pressão hidráulica ainda existente, constatando o perigo.

A CSG se solidariza com os moradores dos bairros afetados pela vazão do volume de água represado. A companhia está em contato com a Defesa Civil e com a prefeitura de Capela de Santana para avaliar os danos e, prontamente, restabelecer as condições de tráfego e prover a máxima segurança à população."

*texto sob supervisão de Tomaz Belluomini

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