Tropas dos EUA irão ao Oriente Médio, anuncia Pentágono

Forças adicionais serão deslocadas por causa do conflito entre Israel e Hezbollah; departamento não informou número de soldados ou seu destino

23 set 2024 - 16h59

O Pentágono anunciou um novo envio de tropas para o Oriente Médio, sem especificar o número de soldados ou as bases de destino. Esta decisão surge em resposta à intensificação dos conflitos entre Israel e o Hezbollah. As novas tropas vão se juntar aos 4.000 militares norte-americanos já presentes na região, segundo o porta-voz Pat Ryder.

Foto: depositphotos.com / icholakov01 / Perfil Brasil

No mesmo dia, a Embaixada dos EUA no Líbano aconselhou seus cidadãos a deixarem o país, devido ao risco de uma guerra regional. "Devido à natureza imprevisível do conflito em andamento entre o Hezbollah e Israel e as recentes explosões em todo o Líbano, incluindo Beirute, a Embaixada dos EUA pede aos cidadãos americanos que deixem o Líbano enquanto as opções comerciais ainda permanecem disponíveis", avisou o Departamento de Estado.

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Conflito entre Israel e Hezbollah

A situação na região piorou com os bombardeios israelenses sobre o Líbano. Segundo o Ministério da Saúde do Líbano, 274 pessoas morreram e mais de 1.024 ficaram feridas após os ataques aéreos realizados nesta  segunda-feira (23).

Os bombardeios visaram principalmente as infraestruturas do grupo Hezbollah. "Avisamos a população civil para que se afastasse das posições do Hezbollah," disseram as Forças de Defesa de Israel. Entre as vítimas estavam 21 crianças e 31 mulheres, segundo as autoridades libanesas.

Qual é a resposta do Líbano?

O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, condenou o que chamou de "plano de destruição" de Israel contra o Líbano. "A agressão persistente de Israel contra o Líbano é uma guerra de extermínio em todos os aspectos, um plano de destruição que pretende pulverizar os vilarejos e cidades libaneses", afirmou Mikati. Ele pediu à ONU e aos países influentes que pressionem Israel a parar com os ataques.

Em resposta à crise, o governo libanês está transformando escolas em abrigos e cancelando aulas em todo o país. Cirurgias eletivas também foram adiadas para liberar espaço nos hospitais para os feridos dos bombardeios.

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O que está mudando na estratégia de Israel?

Os recentes ataques israelenses marcaram uma extensão do campo de batalha. Os caças israelenses atacaram não só no sul do Líbano mas também no Vale do Bekaa, a leste de Beirute. Segundo as Forças de Defesa de Israel, esses novos alvos eram usados para estocar mísseis e drones.

Até agora, Israel estava limitando seus ataques ao sul do Líbano e ao sul de Beirute, bastiões conhecidos do Hezbollah. A amplitude deste bombardeio é a maior desde o início dos confrontos há quase um ano. O Hezbollah afirmou que retaliou com dezenas de mísseis contra Israel, atingindo depósitos de armas, sem causar vítimas, segundo os militares israelenses.

Como isso afeta a população civil?

Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, declarou que a ofensiva é para alterar o balanço de forças na fronteira norte do país. Ele afirmou que os bombardeios destruíram milhares de mísseis e foguetes destinados a civis israelenses.

Mais de 1 milhão de civis em Haifa, ao norte de Israel, foram instruídos a buscar proteção em abrigos antibombas. O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, pediu que os cidadãos sigam as diretrizes do Comando da Frente Interna para garantir sua segurança.

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Resumo dos Acontecimentos:

  • Pentágono anuncia envio de mais tropas ao Oriente Médio.
  • Embaixada dos EUA no Líbano aconselha cidadãos a deixarem o país.
  • 274 mortos e 1.024 feridos em bombardeios israelenses no Líbano.
  • Primeiro-ministro do Líbano condena os ataques e pede ajuda internacional.
  • Israel amplia o campo de batalha atingindo novas regiões.
  • Netanyahu garante que ataques visam a destruição de mísseis destinados a civis.
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