O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, implorou nesta segunda-feira a senadores republicanos para "fazerem a coisa certa" e permitirem o início dos debates sobre um projeto para revogar e substituir o sistema de saúde implementado pelo governo do ex-presidente Barack Obama.
O Senado dos EUA deve decidir em votação na terça-feira se irá começar a debater a reforma da saúde, embora o líder republicano na Casa, Mitch McConnell, não tenha especificado sobre qual versão do projeto de lei os senadores irão trabalhar.
"A todos os membros do Senado eu digo isto: o povo americano esperou o suficiente. Houve conversa suficiente, e nenhuma ação. Agora é hora da ação", disse Trump nesta segunda-feira na Casa Branca.
De pé em um palanque ao lado de famílias que disse terem sido prejudicadas pelo chamado Obamacare, um dos marcos do governo Obama, Trump disse: "Qualquer senador que votar contra começar os debates está dizendo à América que vocês estão bem com o pesadelo Obamacare".
"Ainda há tempo para fazer a coisa certa", acrescentou.
Os republicanos têm sofrido intensa pressão política para cumprir as longas promessas de campanha de acabar com a lei de saúde de 2010, que veem como uma intromissão do governo no mercado de assistência médica.
Mas o partido está profundamente dividido entre moderados, preocupados que o projeto de lei do Senado irá acabar com planos de saúde para milhões de norte-americanos de baixa renda, e conservadores, que querem ver cortes ainda mais profundos no Obamacare.
Republicanos do Senado não conseguiram chegar a um consenso sobre uma abordagem para a reforma da saúde, com McConnell fracassando em assegurar votos suficientes para revogar ou substituir o Obamacare.
Os republicanos têm uma maioria de 52 a 48 assentos sobre os democratas no Senado, que possui 100 membros. Com democratas unidos em oposição à reforma, McConnell pode perder somente dois votos republicanos.
Um assessor republicano do Senado disse nesta segunda-feira que o Senado irá votar nesta semana sobre se irá iniciar debates sobre o projeto de lei de saúde aprovado em maio pela Câmara dos Deputados. Caso a votação tenha sucesso, o projeto de lei da Câmara então será aberto a reformas no plenário do Senado.
Caso o Senado aprove o início dos debates sobre o projeto de lei de assistência médica, McConnell irá determinar quais propostas possuem maior apoio republicano e avançar para uma votação, disseram republicanos.