Ao deixar o hotel onde se hospedou em Nova York para uma recepção organizada por Donald Trump, o presidente Jair Bolsonaro disse que o líder americano vai ser "reeleito no ano que vem". A aposta já havia sido feita em março, quando os dois se conheceram na Casa Branca. Hoje, a presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, a democrata Nancy Pelosi, abriu um processo de impeachment contra Trump.
Desde o início do governo, Bolsonaro aposta as fichas da política externa em um alinhamento com os Estados Unidos. Trump tem sido um dos maiores fiadores do brasileiro no cenário externo, especialmente desde que o governo Bolsonaro entrou na mira de críticos internacionais por conta da atual política ambiental brasileira e do aumento de queimadas na Amazônia.
Bolsonaro foi acompanhado da primeira-dama, Michelle, para a recepção organizada por Trump para chefes de estado que participam da 74ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU). O brasileiro ficou cerca de 1 hora no hotel Lotte New York Palace. A primeira parte foi um coquetel, sem a presença de Trump e, depois, os convidados em fila foram a um espaço reservado com o americano.
O presidente não teve encontros bilaterais agendados. Segundo o Planalto e o Itamaraty, a agenda limitada em Nova York é em razão da recuperação física do presidente após ter sido submetido por uma cirurgia. Ele aparentou boas condições físicas, com subidas rápidas pelas escadas do hotel onde se hospedou.
O compromisso organizado por Trump foi o último da agenda de cerca de 30 horas do presidente em Nova York. O presidente deixou o hotel por volta das 21h30 (horário de Brasília) para embarcar de volta ao Brasil.