Veja quem pode e quem não pode ser solto após decisão do STF

Com o fim da prisão após condenação em 2ª instância, José Dirceu segue Lula e volta para casa, enquanto Cabral e Cunha, não

8 nov 2019 - 12h24
(atualizado às 22h36)

Com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que derruba o encarceramento após condenação em segunda instância, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve sua soltura determinada pelo juiz Danilo Pereira Júnior, da 12ª Vara Federal de Curitiba, nesta sexta-feira. Contudo, o petista não é o único preso a se beneficiar. 

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Foto: Reuters

Segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), além de Lula, o julgamento no Supremo prevê que 4.895 presos possam sair da prisão. Entre os condenados na Lava Jato estão 38 presos que têm chances de deixar a cadeia, de acordo com o Ministério Público Federal.

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Entre os réus, a lista de quem também pode ir para casa inclui Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, irmão do ex-ministro José Dirceu, que já foi solto pela Justiça. O empresário José Adelmário Pinheiro, conhecido como Léo Pinheiro, da OEA, que atualmente cumpre prisão domiciliar, é outro que pode ser privilegiado.

O ex-ministro José Dirceu.
Foto: GERALDO BUBNIAK/AGB/ESTADÃO CONTEÚDO / Estadão Conteúdo

Entretanto, nem todos os que estão na prisão após condenação em segunda instância poderão sair. Com o voto de desempate do presidente do STF, Dias Toffoli, que foi contra a norma vigente, agora só haverá prisão quando acabarem as possibilidades de recurso.

Este entendimento abrange os presos que tiveram antecipação da pena, mas não poderão abrir caminho para a soltura dos que estão em prisão temporária ou preventiva.

Já o ex-governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral não deve conseguir sair da prisão
Foto: Rodrigo Félix/AGÊNCIA DE NOTÍCIAS GAZETA DO POVO / Estadão Conteúdo

É o caso do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (MDB). Apesar de ter sido condenado em segunda instância pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), ele cumpre prisão preventiva desde outubro de 2016 por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

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Assim como a de Lula, a prisão de Cunha também foi decretada pelo ex-juiz Sérgio Moro, hoje ministro da Justiça e Segurança Pública do governo de Jair Bolsonaro.

O ex-governador do Rio Sérgio Cabral (MDB) está em situação parecida à do ex-presidente da Câmara. Preso desde novembro de 2016, no ano passado, ele passou a cumprir pena em 2ª instância. Moro decretou a prisão do do emedebista para execução provisória da pena em setembro, em substituição à prisão preventiva decretada dois anos antes. Ele foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara, também será mantido na cadeia
Foto: Wilton Junior / Estadão Conteúdo

A mudança de entendimento do Supremo sobre as prisões após condenação em 2ª instância não impede que juízes decretem prisões preventivas em casos excepcionais, como ameaça à ordem pública ou ao aprofundamento das investigações. Mesmo deixando a prisão, Lula, portanto, pode voltar à cadeia se tiver uma prisão preventiva decretada.

Veja quem mais pode ser solto após decisão do STF

  • Luiz Eduardo de Oliveira e Silva - irmão de José Dirceu
  • Waldomiro de Oliveira - funcionário de Alberto Youssef
  • Márcio Andrade Bonilho - sócio da Sanko Sider
  • Jayme Alves de Oliveira Filho - agente da Polícia Federal
  • Gerson de Mello Almada - ex-vice-presidente da Engevix
  • Rogerio Cunha Oliveira - ex-diretor da Mendes Junior
  • Sergio Cunha Mendes - ex-vice-presidente da Mendes Junior
  • Enivaldo Quadrado - dono da corretora Bônus Banval
  • Alberto Elisio Vilaça Gomes - ex-diretor de Mendes Junior
  • João Augusto Rezende Henriques - lobista / operador do PMDB
  • Fernando Moura - empresário / lobista
  • Roberto Gonçalves - ex-gerente de engenharia da Petrobras
  • Pedro Augusto Cortes Xavier Bastos - ex-gerente de área internacional da Petrobras

Com informações do Estadão Conteúdo

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Fonte: Redação Terra
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