Venezuela condena novas sanções impostas por EUA e Europa

12 jan 2025 - 15h16

A Venezuela condenou no sábado as novas sanções impostas pelos Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia na véspera, quando Nicolás Maduro tomou posse como presidente para um terceiro mandato após uma disputa de seis meses em torno da contestada eleição presidencial do país.

"As Forças Armadas venezuelanas rejeitam categórica e energicamente as novas sanções impostas pela infame irmandade imperial", escreveu o general Domingo Hernández Larez, chefe do Comando Operacional Estratégico das Forças Armadas Nacionais da Venezuela, em comunicado divulgado nas redes sociais. Ele classificou as sanções como uma "ação desesperada, fora do Estado de Direito internacional".

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O comunicado foi publicado após o governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, aumentar a recompensa para 25 milhões de dólares por informações que levem à prisão ou condenação de Maduro por acusações de tráfico de drogas. A recompensa anterior era de 15 milhões de dólares.

Também foi emitida uma recompensa de 25 milhões de dólares para o ministro do Interior, Diosdado Cabello, e outra de 15 milhões de dólares para o ministro da Defesa, Vladimir Padrino, bem como novas sanções contra outros oito funcionários, incluindo o chefe da companhia petrolífera estatal PDVSA, Hector Obregon.

Os EUA indiciaram Maduro e outros por acusações de narcotráfico e corrupção, entre outras, em 2020. Maduro rejeitou as acusações. Na declaração de Hernandez, ele disse que o governo venezuelano realizou um "ataque frontal contra o flagelo do tráfico de drogas".

A medida dos Estados Unidos coincidiu com as sanções do Reino Unido e da União Europeia, cada uma visando 15 funcionários, incluindo membros do Conselho Nacional Eleitoral e das forças de segurança, e sanções canadenses focadas em 14 funcionários atuais e antigos.

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Maduro, presidente desde 2013, foi declarado vencedor das eleições de julho pela autoridade eleitoral e pelo tribunal superior da Venezuela, embora os números detalhados que confirmam a sua vitória nunca tenham sido publicados.

A oposição da Venezuela afirma que as contagens nas urnas mostram uma vitória esmagadora de Edmundo Gonzalez, o candidato de oposição.

Os quase 12 anos de mandato de Maduro foram marcados por uma profunda crise econômica e social e por um êxodo de milhões de venezuelanos que fugiram do país. O governo sempre rejeitou todas as sanções dizendo que são medidas ilegítimas que equivalem a uma "guerra econômica" destinada a paralisar a Venezuela.

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