Neste dia 14 de junho é comemorada uma das histórias de sobrevivência mais fascinantes envolvendo a Marinha Britânica que virou até filme com astros de Hollywood!
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A façanha de um comandante de navio permitiu que ele e mais 18 homens sobrevivessem várias semanas com pouquíssimos suprimentos em pleno oceano. Conheça o "Motim do HMS Bounty"!
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Em dezembro de 1787, o Bounty partiu da Grã-Bretanha em uma missão para coletar e transportar mudas de fruta-pão do Taiti para as Índias Ocidentais.
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A fruta-pão era vista como uma possível fonte de alimento barata e abundante para os escravos que trabalhavam nas plantações.
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O comando do navio ficou sob a responsabilidade do Tenente William Bligh, um oficial experiente, mas conhecido por seu temperamento rígido e disciplinador.
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A viagem ao Taiti foi longa e difícil, levando cerca de dez meses.
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Após cinco meses de descanso no Taiti, durante os quais muitos marinheiros viveram em terra e formaram laços com mulheres nativas, a harmonia a bordo do Bounty começou a se deteriorar.
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Insatisfeito com o comportamento da tripulação, o comandante Bligh impôs punições severas, o que gerou ainda mais ressentimento entre os marinheiros.
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Dois anos depois da partida, em 28 de abril de 1789, um grupo liderado por Fletcher Christian (foto), mestre-de-calafate do Bounty, iniciou um motim contra Bligh.
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O comandante e 18 tripulantes leais foram abandonados no meio do oceano em um pequeno barco sem mapas ou provisões adequadas.
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Bligh e seus homens realizaram uma jornada de mais de 7 mil quilômetros até as Índias Ocidentais, em um feito de navegação marítima que ainda hoje é admirado.
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Os homens enfrentaram tempestades, frio extremo e insolação, já que o barco era aberto.
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Finalmente, Bligh e seus homens chegaram ao porto de Kupang, nas Índias Ocidentais, no dia 14 de junho de 1789. O comandante logo relatou o motim à Marinha Real Britânica.
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Os insurgentes, liderados por Christian, retornaram ao Taiti, mas sabiam que não poderiam permanecer lá por muito tempo, pois a Marinha Real Britânica logo começaria a procurá-los.
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Alguns deles decidiram ficar no Taiti, enquanto outros, incluindo Christian, partiram em busca de um esconderijo mais seguro.
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Eles finalmente chegaram à ilha de Pitcairn, que era isolada e não estava marcada corretamente nos mapas náuticos da época. Lá, eles queimaram o Bounty para evitar a detecção.
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Mesmo assim, a maioria dos responsáveis pelo motim foi capturada e nove foram condenados à morte.
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Fletcher Christian e outros amotinados que escaparam da captura se estabeleceram na remota ilha de Pitcairn, onde viveram com mulheres taitianas que os acompanharam.
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Bligh chegou a Londres em 1790 e, após uma corte marcial, foi absolvido de qualquer culpa pelo motim. Ele posteriormente teve uma carreira de sucesso na Marinha Real.
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O motim do Bounty inspirou inúmeros livros, cinco filmes e outras obras de arte ao longo dos anos. Um dos longas mais famosos foi "O Grande Motim" (1962), com Marlon Brando interpretando Christian.
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Em 1984, foi lançado "Rebelião em Alto Mar", com Mel Gibson como Fletcher Christian e Anthony Hopkins na pele do comandante William Bligh. O filme ainda tinha Daniel Day-Lewis e Liam Neeson no elenco.
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William Bligh morreu em 7 de dezembro de 1817, em Londres. Até hoje ele é lembrado pela sua façanha histórica que permitiu que ele e seus homens sobrevivessem a uma das histórias de motins mais famosas de todos os tempos!