Wassef diz que liberou casa porque Queiroz seria assassinado

Em entrevista à revista Veja, ex-advogado do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) disse que ofereceu endereços para o ex-assessor e insiste que agiu dentro da lei

26 jun 2020 - 08h50
(atualizado às 09h00)

Ex-advogado do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), Frederick Wassef afirmou que abriu as portas de sua residência em Atibaia, no interior de São Paulo, a Fabrício Queiroz após receber informações de que o ex-assessor seria assassinado. Em entrevista à revista Veja, publicada em sua versão online nesta sexta-feira, 26, Wassef disse que tinha informações sobre um possível atentado contra Queiroz, e que a família Bolsonaro seria responsabilizada pelo crime.

Segundo afirmou à publicação, Wassef teria sido informado de que havia um plano traçado para matar Queiroz e culpar os Bolsonaros pelo crime. O advogado disse ainda que considera que salvou a vida do ex-assessor.

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Advogado Frederick Wassef no Palácio do Planalto
17/06/2020 REUTERS/Adriano Machado
Advogado Frederick Wassef no Palácio do Planalto 17/06/2020 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

"Eu tinha a minha mais absoluta convicção de que ele seria executado no Rio de Janeiro. Além de terem chegado a mim essas informações, eu tive certeza absoluta de que quem estivesse por trás desse homicídio, dessa execução, iria colocar isso na conta da família Bolsonaro", disse.

Wassef disse que a morte do ex-assessor seria parte de uma fraude, comparando ao depoimento do porteiro do condomínio do presidente no caso Marielle. "Algo parecido com o que tentaram fazer no caso Marielle, com aquela história do porteiro que mentiu.". Ele também afirma que omitiu do presidente e do filho 01 a trama e o paradeiro do ex-assessor.

Além do possível crime, Wassef também afirmou que ficou sensibilizado com o estado de saúde de Queiroz e o momento vivido pelo ex-assessor do senador. Sem revelar se ofereceu ajuda ou se foi procurado, o advogado disse que "fez chegar ao conhecimento" de Queiroz que estava disponibilizando três endereços para ele ficar: a casa de Atibaia, uma casa em São Paulo e outra no litoral. Ele se negou a dizer se manteve contato com Queiroz durante o período.

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