A Ford Brasil vai explorar a tradição da marca em picapes para se impor novamente no mercado brasileiro. Além da Ranger, que é fabricada na Argentina, a Ford vai importar dos Estados Unidos a nova F-150 e trará do México a inédita Maverick. É possível que a F-150 chegue ao Brasil antes da Maverick, pois até o registro das peças já foram feitas no INPI para o mercado brasileiro, segundo o site Motor1.
Na Argentina, a F-150 já é vendida na versão Raptor e agora a nova F-150 já abriu as reservas para os clientes interessados. A pré-venda está sendo feita por US$ 69.990 (cerca de R$ 395.000). O motor escolhido é o 5.0 V8 de 400 cv de potência e 542 Nm de torque, com câmbio automático de 10 marchas.
No Brasil, é possível que a Ford traga a versão Lariat (intermediária) ou a Limited (topo de linha). Além do motor citado acima, a picape também pode vir com o motor 3.5 V6 de 405 cv e 691 Nm ou até mesmo com uma configuração V6 híbrida de 436 cavalos, com o mesmo torque. Vai depender de como a Ford pretende posicionar a picape perante a Ram 1500 Rebel, da Stellantis, que focou na pegada off-road.
Considerando os preços dos Estados Unidos, a nova Ford F-150 deve chegar ao Brasil com preços bem elevados. A versão Lariate deve custar cerca de R$ 409.000 e a Limited deve partir de R$ 423.000. Para ter uma base, a Ram 1500 Rebel custa R$ 419.990 e a Ram 20500 Laramie sai por R$ 376.990.
A Ranger seguirá sua vida normal e terá uma nova geração, que está sendo desenvolvida na Argentina. A maior aposta em termos de volume, entretanto, é a inédita picape Maverick, que está em fase final de desenvolvimento no México e poderá ser trazida sem imposto de importação para ser uma opção à Ford Toro. Nesse caso, a Ford estuda trazer as configurações 4x4 e 4x2 (tração dianteira), mas a Maverick não terá motor a diesel.
Em 2020, o mercado brasileiro de picapes comercializou um total de 286.353 unidades nas três categorias. Competindo apenas com a Ranger, a Ford obteve 19.833 vendas, o que equivale a 6,9% do segmento. Dentro da categoria, a Ford Ranger deteve 8,8% de participação. O foco da Ford Brasil em sua nova estratégia não será o volume e sim a rentabilidade. Por isso, a nova F-150, que tem um valor bastante elevado, vai contribuir para esse objetivo.