Americana é 1ª mulher curada com vacina para câncer de mama

Vacina contra o câncer de mama mostrou sucesso em primeiro teste nos EUA e pode chegar ao mercado brasileiro em até 8 anos

21 out 2019 - 16h50
(atualizado em 22/10/2019 às 11h16)

Um novo método de combate ao câncer de mama vem sendo testado nos Estados Unidos e os resultados iniciais do tratamento já estão deixando muita gente entusiasmada.

Ainda sob estudo de pesquisadores, a vacina contra o câncer de mama acaba de mostrar o primeiro caso de sucesso, registrado no Estado da Flórida.

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A norte-americana Lee Mercker foi a primeira paciente a participar de testes clínicos em humanos, realizados pela Mayo Clinic, entidade que tem estudado e desenvolvido a imunização.

Diagnóstico precoce do câncer de mama

Um fator essencial que contribuiu para a cura da doença foi o diagnóstico precoce: Lee descobriu, em março deste ano, o câncer de mama ainda em estágio inicial.

Além disso, a americana também mantinha uma vida saudável, com alimentação equilibrada e rotina de exercícios físicos - o que pode contribuir na prevenção da doença.

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Durante 12 semanas (três meses), Lee Mercker tomou de três a quatro doses da vacina. As doses eram dadas a cada duas semanas.

Nesse período, o tumor da norte-americana foi diminuindo e ela já não apresentava mais células cancerígenas em seu organismo ao final das doses.

De acordo com a entidade criadora da vacina, o objetivo da imunização é justamente este: fazer com que o sistema imunológico seja capaz de reconhecer substâncias anormais relacionadas a tumores e, a partir disso, destruir as células cancerígenas, extinguindo o câncer.

Apesar dos resultados positivos, Lee foi submetida a uma mastectomia dupla (cirurgia para remoção das duas mamas) para garantir que o câncer estaria eliminado por completo - já que se tratava de um teste.

Próximos testes

Cientistas da Mayo Clinic apontam que outras duas voluntárias com câncer de mama estão testando a vacina. Por enquanto, os resultados registrados foram promissores somente no estágio inicial da doença.

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A ideia agora é que sejam feitos novos testes com a vacina em pessoas com câncer de mama em todos os estágios da doença, do mais leve ao mais grave.

Dessa forma, a esperança é de que em 2020 também sejam iniciados testes em pessoas saudáveis. O foco será verificar a menor propensão de contrair câncer a partir da vacinação.

Disponibilidade da vacina

Os pesquisadores afirmam que a expectativa é que a vacina interrompa a ação do câncer de mama e de ovário, sendo capaz também de promover a prevenção das duas doenças.

Como as análises estão em fase inicial, é esperado que até 2022 a imunização seja testada em um grande número de pacientes, com diversos estágios da doença.

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O pesquisador Keith L. Knutson, que lidera o projeto, revelou para a imprensa que acredita que a vacina contra o câncer de mama deve estar disponível em até oito anos, em farmácias e postos médicos.

Ao apresentar algum dos sintomas, procure atendimento médico o mais rápido possível.

Vacina para câncer de mama apresentou sucesso em seu primeiro teste em humana - Foto: Shutterstock
Vacina para câncer de mama apresentou sucesso em seu primeiro teste em humana - Foto: Shutterstock
Foto: Foto: Shutterstock / Minha Vida

Tratamentos

Enquanto a vacina contra o câncer de mama ainda não está disponível, outros tratamentos podem ser indicados:

  • Cirurgia para remoção do tumor ou das mamas (mastectomia).
  • Radioterapia para casos em que o tumor não pode ser retirado ou ainda não se espalhou.
  • Quimioterapia para destruir ou inibir o crescimento das células cancerígenas.
  • Hormonioterapia para impedir a ação dos hormônios que fazem as células cancerígenas crescerem.
  • Imunoterapia para bloquear alvos específicos de determinadas proteínas ou mecanismos celulares que poderiam influenciar no crescimento do tumor.

Quanto antes o câncer de mama é diagnosticado, maior são as chances de cura pelo fato da doença ainda estar em estágio inicial. Portanto, é importante estar em dia com a mamografia e outros exames de rotina.

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