O GP do México traz um componente extra de emoção e incerteza: a altitude. Este é o principal tema da live que os jornalistas Lito Cavalcanti, Priscila Cestari e Sergio Quintanilha fizeram na home do Terra. Por isso, pelo menos na teoria, a equipe do PLarabólica aponta a Red Bull como favorita para vencer o GP do México e manter a liderança de Max Verstappen no mundial de Fórmula 1.
ara sentir os efeitos das maiores altitudes não precisa muito. Basta subir uma escada de pelo menos 30 degraus. Ao chegar ao alto, se sente a respiração mais difícil, arfando, e o coração acelerado. O que causa isso é o ar rarefeito, com menor quantidade de oxigênio. Os motores dos carros da Fórmula 1 passam pelo mesmo problema: os motores aspirem menos oxigênio e, em consequência, o desempenho cai.
No circuito do México, com seus mais de 2.500 metros de altitude, esse é um problema sério para os engenheiros. A perda de oxigênio é de 25 por cento, e por isso, a eficiência dos motores cai verticalmente. O único jeito de compensar é fazer os turbocompressores injetarem mais ar para dentro dos motores, o que se consegue forçando os turbos a trabalharem em rotações mais altas.
Quando estão em pistas ao nível do mar ou em altitudes menores, eles trabalham na faixa de 105.000 rpm, (rotações por minuto). No México, eles precisam trabalhar a 115.000 ou até mais para reduzir a perda de eficiência. Alguns conseguem chegar a até 120.000 e sustentar essa rotação por algum tempo.
É o caso dos Honda, que têm entre seus atributos palhetas de cristal, um benefício ensinado pela HondaJet, a divisão de aviões a jato executivos da gigantesca montadora japonesa. Quem não chega lá são os Mercedes, por sua própria concepção. Suas maiores dimensões e sua arquitetura fazem com que a temperatura do turbo atinja limites críticos e entra em uma zona perigosamente sujeita a quebras.
Esse é um dos pontos que fazem do GP do México uma corrida única, em que a hierarquia costumeira é radicalmente alterada. E, além do motor, ainda há a perda de pressão aerodinâmica e a dificuldade de refrigeração geradas pelo ar rarefeito. É esse conjunto que torna esse grande prêmio um verdadeiro pesadelo para os engenheiros. Por isso, Lito e Priscila apostam em Max Verstappen como pole position. Quintanilha apostou em Sergio Pérez, também da Red Bull, devido à motivação do piloto mexicano.