Adolescente de 16 anos suspeito de desviar dinheiro de campanhas falsas de arrecadação para vítimas das enchentes no RS está sendo investigado pela Polícia Civil. Ele possuía uma conta ligada a uma empresa de treinamento e serviços e que recebia dinheiro doado para vítimas das enchentes no estado.
A Polícia Civil do Rio Grande do Sul investiga um adolescente de 16 anos suspeito de desviar dinheiro doado em campanhas falsas de arrecadação para vítimas das enchentes no estado, que até esta terça-feira, 28, já mataram 169 pessoas em 469 municípios.
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O menor é investigado na Operação Dilúvio Moral, que tem atua no combate a esquemas de práticas criminosas virtuais que têm se utilizado das enchentes no Rio Grande do Sul para obtenção de vantagens em benefício próprio.
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Nesta fase, um mandado de busca e apreensão foi cumprido em uma cobertura de luxo na cidade de Balneário Camboriú (SC), onde o adolescente mora, além de outros dois mandados no interior do Estado.
A fraude do menor consistia na criação de uma página na internet simulando um endereço oficial do Governo do Estado. Os visitantes eram redirecionados para uma nova página falsa, que simulava um site de vaquinhas virtuais, em que uma suposta campanha de arrecadação de doações era divulgada. A página falsa era impulsionada nas redes sociais, para atingir o maior número possível de pessoas.
O endereço continha um QR Code para pagamento via Pix. O valor da contribuição era redirecionado para uma conta de uma empresa de treinamentos e serviços, cujo sócio-proprietário era o próprio adolescente.
Na última sexta-feira, 24, a força-tarefa da polícia gaúcha retirou do ar todas as páginas da internet envolvidas no esquema e o adolescente teve suas contas bancárias bloqueadas. O valor exato ainda não foi divulgado, mas, segundo a polícia, as ordens judiciais pediam o bloqueio de valores de até R$1 milhão em cada conta de responsabilidade do suspeito e das empresas vinculadas. Nas redes sociais, ele postava mensagens em que afirmava ter conquistado seu primeiro milhão aos 15 anos de idade e ostentava um padrão de vida de luxo.
A ação contou com apoio operacional da Polícia Civil de Santa Catarina, através da Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Balneário Camboriú. Foram apreendidos computadores, celulares e equipamentos eletrônicos utilizados nos golpes. O menor não foi apreendido.
