Na manhã deste domingo, 12, seis estados brasileiros têm alerta de "grande perigo", e 14, de "perigo" por conta da forte onda de calor que atinge o País, conforme indicação do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Em São Paulo, a previsão para hoje é de mínima de 21ºC e máxima de 37ºC, segundo o Climatempo, depois de um sábado já quente, com sensação térmica de 40ºC. Mas, afinal, até quando vai este calor?
De acordo com o Inmet, os termômetros devem registrar as maiores altas do ano nos estados mais centrais do Brasil - em especial no sudeste e no centro-oeste - até, pelo menos, quarta-feira, 15. Em São Paulo, no entanto, a temperatura só deve baixar na semana do dia 20, de acordo com as mínimas e máximas previstas pelo Climatempo.
O Inmet projeta que a temperatura chegue a até 5ºC acima da média em boa parte do País. Além de São Paulo, as capitais Goiânia (GO), Campo Grande (MS), Belo Horizonte (MG), Vitória (ES), Brasília (DF) e Curitiba (PR) terão as temperaturas mais quentes do Brasil, em relação aos seus padrões. No sul e no sudeste, chuvas devem ganhar força ao longo da semana.
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Efeitos do El Niño
De maneira geral, as ondas de calor e instabilidades climáticas devem perdurar até maio de 2024, tendo seu pior período entre agora, novembro de 2023, e janeiro do ano que vem. Isso porque, segundo um relatório divulgado pela Organização Mundial de Meteorologia (OMM) na semana passada, o El Niño, fenômeno relacionado ao aumento nas temperaturas notado neste ano, está atingindo o seu pico somente agora.
A OMM afirma que o El Niño desenvolveu-se rapidamente durante julho e agosto deste ano e atingiu força "moderada" em setembro - mês em que os termômetros chegaram a marcar 38ºC em São Paulo. O fenômeno só chegou a uma consistência, de acordo com os registros de temperatura da superfície do mar e outros indicadores, em outubro. Por isso, a expectativa da organização é que ele ainda não tenha atingido o seu maior pico.
"Provavelmente, (o El Niño) atingirá o pico, como um evento forte, em novembro-janeiro de 2024. Há uma probabilidade de 90% de que persista durante o próximo inverno/sul do hemisfério norte (verão no Brasil e demais países do hemisfério sul)", afirma a OMM. "Com base nos padrões históricos e nas previsões atuais de longo prazo, prevê-se que diminua gradualmente durante a próxima primavera boreal (que acontece de 20 ou 21 de março até 20 ou 21 de junho)."
O fenômeno tem gerado efeitos mais longos e um calor mais latente por conta das mudanças climáticas, segundo os especialistas da OMM.