Uma empresa de soluções inteligentes e sustentáveis para construção, a Fuplastic, se juntou à TETO Brasil, organização que atua pela superação da pobreza por meio da construção de moradias e projetos de infraestrutura em favelas precárias do país, para entregar duas casas a famílias em situação de extrema vulnerabilidade, moradoras do Porto de Areia, em Carapicuíba (SP). Assista ao vídeo acima.
Juntas, as casas foram construídas com cinco mil blocos modulares – parecidos com um Lego gigante – feitos de plástico reciclado e que ressignificaram cerca de 2.500 kg de resíduos retirados da natureza, os transformando em um bem durável.
Esses blocos são fabricados a partir da reciclagem do polipropileno, um polímero termoplástico produzido com a polimerização do gás propileno ou propeno, que pode ser facilmente moldado quando submetido a altas temperaturas. Este tipo de plástico é encontrado em embalagens, cadeiras, peças automotivas, brinquedos e copos, por exemplo.
"A gente pega o material, recicla, processa e vira construções modulares", diz Bruno Frederico, CEO da Fuplastic, em entrevista a Planeta. Assista ao vídeo acima. “É um método construtivo democrático, versátil e inovador, que atende com excelência construções".
O tamanho médio dos terrenos da comunidade é de 25 a 30m² e as casas são majoritariamente barracos de madeira, com teto de lona e chão de terra batida. Versátil, o método construtivo permite ajustar o tamanho de acordo com a necessidade de cada terreno. Por ser modular, a casa pode ser erguida em “L”, vagão ou quadrada, por exemplo.
Ver uma construção feita de módulos de plástico pode causar certa sensação de estranheza, mas o CEO garante que as habitações são resistentes: "Falamos até que é uma casa antiterremoto. Ela não vai desmanchar". Segundo ele, o material também oferece conforto térmico e acústico, resistência contra fogo e fio incandescente, resultando em um espaço seguro e digno.
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