Marca cria bolsas com pele de cacto como alternativa sustentável ao couro animal

Empresa colombiana que utiliza os cactos como matéria-prima passa a ser vendida no Brasil

23 ago 2024 - 04h00
(atualizado às 12h06)
Pele de cacto é alternativa sustentável ao couro animal
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Há poucos meses, a empreendedora Patricia Beznos, de São Paulo (SP), criou a Anifree, uma importadora especializada em trazer ao Brasil bolsas da marca colombiana Martegea, que utiliza pele de cacto para confeccionar peças semelhantes às confeccionadas com couro animal, mas com fabricação e material muito mais sustentável. 

"A ideia surgiu como um desejo meu a respeito de produtos de moda sem materiais de origem animal. Quando comprei e recebi em casa, fiquei maravilhada pela qualidade, pelo acabamento e pelo tipo de material, que é muito similar ao couro e ainda tem design autoral", comenta Patricia, que, então, decidiu fundar sua importadora focada em produtos sustentáveis e preocupados com bem-estar dos animais. Assista ao vídeo acima.

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O que faz o couro de cacto ser uma escolha melhor para o meio ambiente do que o couro animal é que as fazendas da planta emitem muito menos carbono do que conseguem sequestrar, resultando em um nível negativo de emissões de gases do efeito estufa. O que é excelente.

Além disso, como o cacto não precisa de irrigação, é possível economizar quase 30 vezes mais água do que uma produção tradicional e também é consumida 10 vezes menos energia.

O bem-estar animal é outra preocupação de Patricia: "Eu não como carne vermelha e de frango há sete anos. O que acontece nessa indústria não me agrada. Por conta disso, fiquei pensando se não seria possível existir um produto com a mesma sofisticação do couro animal, que pudesse substituir à altura", diz a fundadora da importadora.

"Na plantação não é necessária a irrigação, é uma fazenda orgânica, que não utiliza agrotóxicos, não desmata e a fauna e flora do local são respeitadas e mantidas", explica. No processo, os cactos são cortados, as folhas são secas no sol e, então, misturadas a uma fórmula patenteada para ganhar as variações de tonalidade.

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Dê o play no vídeo acima para assistir à entrevista.

Fonte: Redação Planeta
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