"A indústria dos cosméticos produz mais de 120 bilhões de embalagens ao ano. Sendo que a maioria é justamente composta pelos plásticos descartáveis de uso único", explica Maisa Valfré, fundadora e diretora criativa da Niul, uma marca de cosméticos sustentáveis focada principalmente em sabonetes líquidos.
Com o objetivo de desenvolver soluções de baixo impacto ambiental, a empresa foi fundada a partir da vontade de mudar a forma como o mundo consome, repensar os ciclos dos produtos e trazer consciência e responsabilidade ambiental em um negócio lucrativo: "A nossa ideia surgiu da vontade de reduzir ao máximo o uso de plástico na rotina".
"Apenas 9% de todo plástico do mundo é reciclado", diz Maisa, ao ressaltar que a Niul é a primeira marca brasileira de cosméticos em lata, que é uma embalagem 100% e infinitamente reciclável –o que significa que o alumínio não perde qualidade a cada vez que é reciclado, como acontece com o plástico, por exemplo. Outro benefício é que o ciclo do produto é rápido: "Para reciclar uma latinha, leva no máximo 60 dias", finaliza.
Segundo dados da WWF Brasil, o país é o quarto do mundo em geração de resíduos plásticos e apenas 1,3% é reciclado, o que significa que das 11,3 milhões de toneladas produzidas, apenas 145 mil são recicladas. Bem abaixo da média global. Por outro lado, o alumínio é praticamente 100% reciclado no Brasil, que é o país que mais recicla o material no mundo.