Vizinhos de São Paulo (SP) se unem para salvar égua de espancamento

“Eu vi um monte de sangue e pedi para que [os carroceiros] parassem” relata uma das pessoas envolvidas no resgate do animal

6 fev 2024 - 04h00
Vizinhos de São Paulo (SP) se unem para salvar égua de espancamento
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 Maktub é uma palavra que na cultura árabe que significa “estava escrito/predestinado”. Maktub também é o nome de uma égua que foi salva por vizinhos em um bairro da Zona Norte de São Paulo (SP). Mudando de rota, uma carroça foi impedida de continuar seu caminho ao que a égua empacou e começou a ser espancada pelos carroceiros, atraindo a atenção de moradores e parando o trânsito. Assista ao vídeo acima.

 “Eu parei e disse que ela estava muito magra, ele [um dos carroceiros] falou que era assim mesmo e bateu nela, para ela andar. Aí que eu vi um monte de sangue e pedi para que parassem”, conta Sônia, uma das vizinhas envolvidas, que prefere não ter a identidade revelada por medo de represálias. 

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O animal, além de ensanguentado, estava magro e fraco. De acordo com um dos donos, eles teriam andado mais de 20 km com ele naquele estado. Foi quando foram impedidos de continuar o caminho: “Eu disse que eles teriam que arrumar um caminhão, porque não o levariam mais daquele jeito”. Os carroceiros, então, concordaram, mas não voltaram mais. 

Os vizinhos se revezaram para cuidar da égua até encontrar um local adequado para encaminhá-la. O Santuário Filhos de Shanti, de Pindamonhangaba (SP), especializado no resgate de equinos foi o escolhido para recebê-la. 

“Eles [os vizinhos] foram muito corajosos, porque não só a salvaram, eles se revezaram até a gente chegar”, relata a responsável do santuário, Rosângela Coelho. “Se ela não tivesse passado por aquela rua, se aquelas pessoas não tivessem tido a atitude de impedir que o crime continuasse, ela provavelmente estaria morta hoje”, completa.

 Além das escoriações, a égua chegou ao santuário anêmica, com um aborto recém-feito, babesia e ainda aguarda uma cirurgia na boca. “Hoje ela está recuperada, ela é extremamente carinhosa, dócil, feliz. Parece que estava escrito que era viria para a gente, por isso a chamamos de Maktub. Ela se identificou muito com o Santuário", conta Rosângela.

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 Dê play no vídeo acima para assistir a entrevista. 

Fonte: Redação Planeta
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