Ao longo desta semana, o Brasil enfrenta sua sétima onda de calor do ano. Segundo o Climatempo, um bloqueio atmosférico se estabeleceu na região central do País a partir de segunda-feira, 23, intensificando a massa de ar quente.
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Além disso, com a chegada da primavera no último domingo, 22, os estados brasileiros passaram a ter uma maior incidência de radiação solar, o que contribui para a elevação das temperaturas.
De acordo com o serviço de meteorologia, a onda de calor que atinge o País se estenderá até a próxima sexta-feira, 27. No entanto, a partir de quinta-feira, 26, haverá uma quebra em algumas localidades, como Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, oeste de Santa Catarina e oeste do Paraná devido à chegada de instabilidades que diminuem as temperaturas.
Em grandes partes do Centro-Oeste e Sudeste, porém, a onda de calor seguirá ativa até o dia 27 de setembro, com possibilidade de prolongamento.
Como ficam as temperaturas?
Durante a semana, alguns estados terão temperaturas subindo entre 5ºC e 10ºC acima da média. São os seguintes locais, conforme o Climatempo:
- Mato Grosso;
- Mato Grosso do Sul;
- Sul de Goiás;
- Triângulo Mineiro;
- São Paulo;
- Rio De Janeiro;
- Paraná;
- Santa Catarina; e
- Rio Grande do Sul.
Em outras áreas, representadas no mapa a seguir pela cor laranja, o aumento será mais moderado: com temperaturas de 3ºC a 5ºC acima da média. Veja o mapa da onda de calor desta semana:
Primavera ou verão?
A primavera deve ter temperaturas acima da média histórica no Brasil. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) divulgou o Prognóstico Climático para a Primavera de 2024, informando que a estação será marcada por calor extremo, influenciada pelo fenômeno La Niña. Esses efeitos podem causar impactos na saúde pública e na agricultura.
O calor excessivo deve ser recorrente nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, com ar seco e chuvas irregulares, que agravam as altas temperaturas. O maior risco de ondas de calor acontece entre outubro e dezembro.
As chuvas começam a voltar a partir de outubro, mas não serão suficientes para impedir a seca em algumas regiões do País. Isso irá afetar diretamente a agricultura de soja e milho. O Inmet alerta que a primavera será um período crítico para monitoramento, visto que as altas temperaturas podem acentuar a evaporação do solo, prejudicando as plantações.
Na Região Norte, especialmente no sul da Amazônia, a combinação de calor intenso e baixa umidade pode trazer um aumento na incidência de queimadas e incêndios florestais, com outubro sendo o mês mais crítico.
A previsão é de menos chuvas do que o esperado neste período, e a região fica ainda mais suscetível ao fogo. Por outro lado, áreas no sudoeste do Amazonas e Acre podem ter chuvas dentro ou acima da média. O calor prolongado, no entanto, é um problema.
O Nordeste também terá muito calor durante a Primavera. No interior e oeste da região, as temperaturas devem passar da média histórica. O território também deve ficar mais seco, com alto risco de ondas de calor nos estados do Piauí e Maranhão.
O sudeste da Bahia será uma exceção, com chance de registrar chuvas mais próximas da média, o que deve amenizar a situação no local.