Caçador suspeito por mineração ilegal guardava leão, girafa e búfalo empalhados em casa

Durante operação com a PF, Ibama apreendeu 12 troféus de caça irregulares

11 set 2024 - 13h33
(atualizado às 14h21)
Caçador suspeito por mineração ilegal guardava leão, girafa e búfalo empalhados em casa
Caçador suspeito por mineração ilegal guardava leão, girafa e búfalo empalhados em casa
Foto: Divulgação/Ibama

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) apreendeu, nesta terça-feira, 10, 12 troféus de caça irregulares – incluindo 11 cabeças de animais e uma ave empalhados – durante uma operação em uma residência de um caçador. A ação faz parte da Operação Aqua Fortis, realizada em parceria com a Polícia Federal, que visa combater a lavagem de dinheiro proveniente da extração e do comércio ilegal de ouro em garimpos nos Estados de Mato Grosso e Pará.

Entre os itens encontrados estavam exemplares de espécies como hipopótamo, girafa, búfalo, gnu e leão. Apenas sete peças possuíam documentação regular de importação. O responsável pela residência ainda foi notificado a explicar a ausência de uma pele de zebra mencionada na documentação, mas que não estava no local.

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Alguns dos animais, como o leão, possuíam certificação de importação emitida pela Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies Silvestres Ameaçadas de Extinção (Cites), o que legalizaria sua importação e posse no Brasil.

Caçador suspeito por mineração ilegal guardava leão, girafa e búfalo empalhados em casa
Foto: Divulgação/Ibama

Segundo o Ibama, a documentação apontou que o leão foi vítima de "caça enlatada", prática em que os animais são criados em cativeiro até atingirem a idade adulta, sendo então liberados em áreas controladas para serem abatidos por caçadores.

Convenção Cites

O Brasil é signatário da Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies Silvestres Ameaçadas de Extinção (Cites), que regula o comércio de espécies cujo tráfico representa risco à sua sobrevivência. Animais como leões e girafas são protegidos pela Convenção, o que exige que sua importação seja

devidamente documentada e aprovada pelos países envolvidos.

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No caso da apreensão realizada pelo Ibama aos troféus de caça ilegais, uma cabeça de girafa carecia da licença Cites, configurando importação ilegal. As investigações também buscam esclarecer se o abate desse animal foi realizado de forma lícita no país de origem. Embora alguns troféus estivessem respaldados por documentação, a maioria das peças não cumpria as exigências legais.

Caçador suspeito por mineração ilegal guardava leão, girafa e búfalo empalhados em casa
Foto: Divulgação/Ibama
Fonte: Redação Terra
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