A caixa que transportava o cachorro Joca, golden retriever que morreu durante um voo realizado pela Gol na segunda-feira, 22, estava com as informações erradas na etiqueta de identificação, com um nome feminino e com destino a Manaus.
Receba as principais notícias direto no WhatsApp! Inscreva-se no canal do Terra
“A caixa de transporte dele tinha etiqueta de Manaus, tinha etiqueta de Sinop, tinha duas etiquetas rosas falando assim: esse é o cão Kiara”, disse o tutor João Fantazzini em entrevista à CNN Brasil.
De acordo com Marcello Primo, advogada da família, um boletim de ocorrência foi registrado pela família do tutor na terça-feira, 23. A companhia será investigada por maus-tratos. Já o resultado da necrópsia de Joca deve sair em 30 dias.
Ao ser questionado pela reportagem se a Gol prestou algum tipo de assistência para a família de João Fantazzini, Primo negou. "Nenhuma assistência, nem um telefone".
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo confirmou o boletim de ocorrência. "A Delegacia do Meio Ambiente (DICMA) de Guarulhos instaurou inquérito policial para investigar todas as circunstâncias dos fatos. A autoridade policial segue ouvindo os responsáveis pela logística e analisa imagens visando identificar o responsável pela morte do animal e elucidar os fatos. Detalhes serão preservados para garantir a autonomia ao trabalho policial", disse o comunicado.
A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), pediu explicações à companhia. A notificação exige que a empresa preste esclarecimentos em até dois dias. O tutor de Joca alega que o animal só tinha permissão veterinária para viajar por quase três horas e não suportou oito horas de voo após uma série de erros da Gol.