O aumento do volume dos Rios Iguaçu e Paraná, devido às chuvas intensas na região da fronteira do Brasil com o Paraguai e a Argentina, causaram inundações e ao menos 120 famílias precisaram ser removidas de casa até segunda-feira, 30.
Segundo a Itaipu Binacional, na região da Ponte da Amizade, o Rio Paraná chegou a subir quase 16 metros em relação à média histórica. A cheia no local é consequência do represamento causado pelo Rio Iguaçu, que recebe chuvas desde o último sábado, 28. Após o encontro dos dois rios, a vazão do Rio Paraná mais que dobrou, passando de 15 para 32 milhões de litros por segundo no domingo, 29.
Nas Cataratas do Iguaçu, o volume de água ultrapassou 21 mil metros cúbicos de água por segundo, às 14h40 de segunda-feira. A vazão é 14 vezes maior que a média registrada.
As mais de 100 famílias atingidas no lado paraguaio do Rio Paraná foram levadas para áreas seguras por equipes da usina, em parceria com governos locais. As chuvas na região devem permanecer durante toda a semana.
"Se esse cenário for confirmado, a Comissão Especial de Cheias (CEC) da Itaipu Binacional pede que as famílias atingidas pelas inundações, especialmente as do bairro paraguaio San Rafael, em Ciudad del Este, não voltem para casa até a situação se normalizar. Não há prejuízos para a operação da usina", informou.
No lado brasileiro, as estruturas do porto de areia do bairro Porto Meira e do Iate Clube Cataratas foram afetadas. Uma família foi removida do local.
Técnicos da Itaipu consideram atípicas a intensidade das chuvas e a magnitude de sua área de extensão. Nos últimos três dias, algumas estações de medição, instaladas no Rio Iguaçu, registraram valores de precipitação que superaram os 280 milímetros. O volume médio para todo mês de outubro na região é de 210 milímetros.
Para mitigar os efeitos da elevação do Rio Iguaçu, a Itaipu informou que "vem fazendo o possível para reter a maior quantidade de água que chega ao seu reservatório". Por isso, a usina manterá o vertedouro fechado pelo menos até quarta-feira, 1.
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