Cerca de 440 pinguins-de-magalhães foram recolhidos em agosto nas praias da Ilha Cardoso, Ilha Comprida e Iguape, na região do Vale do Ribeira, em São Paulo, segundo dados do Instituto de Pesquisas Cananéia (IPeC). A maior parte desses animais estavam mortos.
Segundo o IPeC informou ao Terra, nessa época do ano os pinguins passam pela região porque estão em rota de migração. Normalmente, eles têm seu habitat na região Sul da América do Sul durante o período de reprodução, que ocorre entre o final e o início do ano. Após essa fase, migram em busca de alimento ao longo do Atlântico Sul e incluem as águas brasileiras em seu percurso.
De acordo com o Instituto, as causas desses encalhes são várias: a maioria dos animais são juvenis e não aguentam todo o trajeto, já que o percurso é longo; às vezes, pode ser que o animal esteja doente; além disso, quando os pinguins estão mais debilitados, ficam mais suscetíveis a interagir com petrechos de pescas e lixo; alguns desses animais acabam sendo atraídos por alimentos que se encontram mais próximos à costa, perdendo-se ocasionalmente do grupo principal; quando exaustos e frequentemente em estado debilitado, buscam a costa do estado de São Paulo como um local para descanso.
Devido aos casos de influenza aviária no Brasil, a primeira orientação do IPeC é que a população evite o contato com esses animais em casos de encalhes nas praias.
O IPeC também alerta aos cuidados necessários em caso de avistar um pinguim, confira:
- •Não toque, não mova e nem alimente o pinguim;
- •Não tente devolvê-lo para água e nem colocá-lo no gelo;
- •Isole a área, reduzindo o risco de atropelamento e da aproximação de pessoas e outros animais;
- •Ligue imediatamente para o IPeC e, se puder, aguarde a equipe de resgate;
- •Compartilhe essas informações com as pessoas que você conhece.
Caso encontre animais marinhos encalhados na região do Vale do Ribeira, entre em contato com o IPeC pelo (13) 3851-1779 ou ligue para o projeto de monitoramento no 0800-642-3341.