Para suportar o inverno brasileiro, algumas camadas de agasalhos e cobertores são o necessário para a maioria das pessoas. Mas existe um lugar no mundo em que é preciso muito mais do que isso. De acordo com a recente edição do Guinness World Records, a Estação Vostok detém o posto de lugar mais frio do planeta Terra, com temperaturas que já chegaram a -89°C.
Receba as principais notícias direto no WhatsApp! Inscreva-se no canal do Terra
Localizada a cerca de 3.488 metros de altitude na Terra da Princesa Elizabeth, na Antártida, o centro de pesquisas foi fundado pela União Soviética em 1957 e é operado pela Rússia. No entanto, o espaço fica em um território reivindicado pela Austrália, mesmo que não seja reconhecido internacionalmente.
Para se ter uma ideia do frio congelante do local, os termômetros marcam média de -66 °C durante os meses mais gelados do ano, entre abril e setembro. Já na parte “quente” da temporada, a situação não fica muito melhor, com média de apenas -44 °C.
Para sobreviver no local, é preciso muito mais do que agasalhos. Normalmente, a aclimatação ao frio extremo leva de uma semana a até dois meses para os recém-chegados. No período de adaptação, sintomas como dores de cabeça, falta de ar, aumento da pressão arterial e sangramentos nasais são comuns.
As adversidades climáticas, porém, vão além do frio. Ausência de umidade do ar, ventos fortes, falta de oxigênio por causa da altitude e a noite polar que pode chegar a 120 dias também marcam os desafios da Estação Vostok.
Nos períodos mais quentes do ano, cerca de 30 pessoas arriscam sobreviver no local desde 2017, enquanto o número cai para 15 durante o rigoroso inverno. Por lá, vivem os pesquisadores.
A Estação Vostok, além do frio de quebrar o queixo, funciona como um observatório de mudanças na magnetosfera da Terra e um centro de actinometria, geofísica, pesquisa médica e climatologia.
