Comporta do Rio Guaíba vaza e águas inundam ruas de Porto Alegre após fortes chuvas

Nível do rio passa de 3,4 metros, acima da cota de inundação, de 3 metros

21 nov 2023 - 10h25
(atualizado às 12h55)
Comporta vaza, e água do Guaíba invade ruas de Porto Alegre
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As comportas do Rio Guaíba, em Porto Alegre (RS), foram fechadas na segunda-feira, 20, para conter o avanço das águas, devido às fortes chuvas que atingiram a região. No entanto, a medida não foi suficiente, já que uma delas cedeu por causa da pressão, e as águas invadiram as ruas da cidade. Pelo menos quatro pessoas morreram no estado.

Conforme a Defesa Civil de Porto Alegre, o nível do rio está em 3,43m até às 9h30 desta terça-feira, 21. O número se encontra acima da cota de inundação, que é de 3 metros.

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De acordo com a prefeitura, o processo de fechamento do sistema de proteção contra as cheias começou logo pela manhã, após a determinação do prefeito Sebastião Melo, e foi conduzido por equipes do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), com apoio do Corpo de Bombeiros. 

Naquela manhã, o nível do rio havia atingido 3,04 metros, devido ao lago estar recebendo água de outros rios que registraram volumes excessivos de chuva nos últimos dias. Uma das ruas mais afetadas foi a dos Voluntários da Pátria, e por isso, a prefeitura pede que que ela não seja utilizada. 

Ruas de Porto Alegre ficaram inundadas após enchente
Ruas de Porto Alegre ficaram inundadas após enchente
Foto: Divulgação/Maurício Tonetto/Secom

Entre as medidas realizadas pela administração municipal, está o encaminhamento de moradores atingidos para o ginásio do Demhab, principalmente aqueles que moram na região das Ilhas, onde há mais afetados pelas inundações. 

Além disso, também foi realizado o recolhimento de animais para abrigos conveniados, entrega emergencial de alimentos e definição dos pontos de referência para as demandas de cada ilha.

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Caminhões-pipa também auxiliam no abastecimento da população local. Na Ilha do Pavão, foram instalados dois banheiros químicos, e entregues diversos suprimentos como produtos higiênicos e de limpeza, além de colchões e água. Há também servidores da Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde nos abrigos para auxiliar moradores.

A população afetada pelas enchentes tem o direito ao auxílio emergencial, que concede R$ 3 mil para compra de móveis/eletrodomésticos ou ajuda a pequenos negócios – já foram entregues 240 cartões. Outros 411 cartões devem ser disponibilizados nos próximos dias. 

Forte chuvas

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, sobrevoou as regiões dos Vales do Taquari e Caí, e da Serra Gaúcha, para avaliar os impactos causados pelas fortes chuvas 

O roteiro incluiu cinco municípios localizados nas regiões dos Vales do Taquari e Caí e da Serra Gaúcha: São Sebastião do Caí, Santa Tereza, Roca Sales, Muçum e Encantado. Nessas cidades, o governador também se reuniu com prefeitos e lideranças locais.

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Foto: Divulgação/Defesa Civil de Porto Alegre

Na ocasião, o governador visitou cinco municípios: São Sebastião do Caí, Santa Tereza, Roca Sales, Muçum e Encantado. Os óbitos ocorreram em Gramado, Vila Flores e Giruá. 

Os eventos extremos que ocorreram na última semana no Estado causaram a morte de quatro pessoas e danos em 158 municípios, conforme dados reportados pelos órgãos municipais à Defesa Civil Estadual. Desde o dia 15 de novembro, 63 ficaram  feridas, 3.737 desabrigadas e 13.264 desalojadas. 

Em todo o Estado, mais de 227 mil pessoas foram afetadas, direta ou indiretamente. Associados às fortes chuvas, foram registrados vendavais, enxurradas, inundações, soterramentos e uma microexplosão, que consiste em uma intensa corrente de vento. 

Leite anunciou que os municípios têm acesso à transferência de recursos fundo a fundo da Defesa Civil. O Executivo estadual reservou R$ 60 milhões para os municípios atingidos por desastres naturais, via Fundo Estadual de Defesa Civil do Estado do Rio Grande do Sul (Fundec/RS). Serão disponibilizados R$ 400 mil para os municípios em situação de emergência e R$ 600 mil para municípios em situação de calamidade pública. A medida faz parte das ações emergenciais, que contam com o restabelecimento, limpeza e reconstrução.

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Fonte: Redação Terra
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