Pesquisa realizada pelo Terra Insights aponta que quatro em cada dez brasileiros que já ouviram falar da COP30 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima), consideram que o principal tema a ser discutido no evento é a transição para energias renováveis e a redução de emissões (40,38%).
Na sequência, aparecem adaptação às mudanças climáticas (23,15%), tecnologia sustentável (18,31%) e financiamento climático (18,15%).
Os dados fazem parte de pesquisa realizada via plataforma mobile com 1.300 pessoas que afirmaram conhecer a COP30, conferência climática da ONU marcada para novembro de 2025 em Belém (PA). O levantamento, que segue os padrões de pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), traça o perfil desse público e ajuda empresas e organizações a entenderem como ele consome informações, produtos e posicionamentos relacionados ao meio ambiente.
Entenda a metodologia do Terra Insights
Principais destaques da pesquisa
- 58% dizem ter baixo ou nenhum conhecimento sobre mudanças climáticas;
- 29,23% reduziram o uso de transporte individual como prática sustentável;
- 42,62% consideram a postura ambiental das marcas na hora da compra;
- 46,85% deixariam de consumir produtos de empresas com práticas antiambientais;
- 50,62 dos entrevistados acredita que o Brasil tem papel de destaque no debate climático,
- Mas 50,15% acham fraco o compromisso do Brasil com metas ambientais.
Apesar do interesse por temas estruturais da agenda climática, a maioria dos entrevistados afirma não ter profundidade sobre o assunto. Segundo o levantamento, 29,23% não têm nenhum conhecimento sobre mudanças climáticas e 28,77% têm conhecimento baixo. Outros 28,85% se dizem razoavelmente informados e apenas 13,15% declaram ter alto conhecimento.
A medida mais citada é a redução do uso de transportes individuais (29,23%), seguida pela não adoção de nenhuma medida (13,15%) e pela redução no consumo de plásticos e descartáveis (13,08%). A coleta seletiva aparece em 9,46% das respostas, e ações como economia de água e uso de energia limpa têm índices menores.
Impacto nas compras
A influência das questões ambientais no consumo também aparece com força. Quase metade dos entrevistados (42,62%) leva em conta a sustentabilidade de uma marca ao realizar compras, enquanto 34% dizem fazer isso às vezes.
Por outro lado, 23,38% não consideram esse fator. Quando confrontados com práticas antiambientais, 46,85% afirmam que deixariam de consumir produtos de uma empresa, e 34,08% dizem que dependeria do tipo de produto.
A realização da COP30 é considerada importante para o combate às mudanças climáticas por 48,08% dos entrevistados. Outros 24,69% discordam, enquanto 27,23% não souberam opinar.
Protagonismo brasileiro
Sobre o papel do Brasil no cenário global, metade (50,62%) acredita que o país tem protagonismo nas discussões climáticas. Ainda assim, 50,15% avaliam como fraco o compromisso do Brasil com as metas de sustentabilidade, frente a 34,38% que consideram o compromisso moderado e apenas 15,46% que o classificam como forte.
Mesmo em relação aos acordos internacionais firmados nas COPs anteriores, prevalece o ceticismo: 48,15% acham que eles são parcialmente cumpridos, 31,08% acreditam que não são cumpridos e só 20,77% confiam que as metas são de fato executadas.
Essa desconfiança se estende à participação popular. Apenas 37,92% acreditam que a sociedade civil terá participação efetiva na COP30. Outros 36,54% acham que não, e 25,54% não sabem.
A expectativa sobre os impactos para Belém também está dividida: 40,38% acreditam que o evento trará benefícios econômicos para a cidade, enquanto 30,92% discordam e 28,69% estão em dúvida. A percepção sobre a infraestrutura da cidade é ainda mais crítica: 39,15% acham que ela não estará preparada.
Os principais benefícios esperados para a população local são:
- Geração de empregos (34,77%)
- Melhoria na infraestrutura urbana (20,92%)
- Visibilidade internacional (16,15%)
Fontes e influências
Os governos são apontados como os grupos mais influentes na COP30 (37,54%), seguidos pelo setor privado (22,69%), ONGs (20,62%) e movimentos sociais (19,15%). A juventude, por sua vez, é vista como relevante por 55,46% dos entrevistados. Os setores mais impactados pelas discussões devem ser energia (24,77%), indústria (24,62%) e agro (18,77%).
As redes sociais aparecem como principal fonte de informação sobre meio ambiente (38,15%), seguidas por TV e rádio (20,23%), sites de notícia (16,31%) e os que não buscam esse tipo de conteúdo (25,31%).
Influenciadores digitais dividem opiniões. Metade dos entrevistados (50,08%) afirma que não acompanha criadores que falam sobre sustentabilidade, enquanto 49,92% dizem que sim. Mesmo assim, 56,46% acreditam que esses influenciadores têm papel relevante — seja pelo alcance (35%) ou pela credibilidade (21,46%). A abordagem mais valorizada pelos entrevistados é a de explicações claras e didáticas sobre temas ambientais (41,31%).
- 56,54% se identificam como homem
- 37,15% se identificam como mulher
- 6,30% se identificam como outro ou preferiram não responder
- 28,69% têm entre 16 e 24 anos
- 22,38% têm entre 25 e 34 anos
- 9,77% têm entre 35 e 44 anos
- 4,62% têm entre 45 e 59 anos
- 1,85% têm 60 anos ou mais
- 33,54% moram no Sudeste
- 24,38% moram no Nordeste
- 14,77% moram no Norte
- 12,62% moram no Sul
- 14,69% moram no Centro-Oeste
- 39,62% ganham até 1 salário mínimo
- 35,38% ganham de 1 a 2 salários mínimos
- 16,69% ganham de 2 a 5 salários mínimos
- 4,54% ganham de 5 a 10 salários mínimos
- 3,54% ganham mais de 10 salários mínimos
- 0,23% indicaram outra faixa de renda
Este conteúdo foi produzido com apoio de inteligência artificial.