O corpo de uma mulher que foi arrastada por uma enchente causada pelo Furacão Helene, nos Estados Unidos, há mais de um mês, foi encontrado na última quarta-feira, 30. Rosa Andrade, de 29 anos, era uma dos seis funcionários de uma fábrica de plástico que morreram na empresa, em Erwin, Tennessee, durante o furacão. As informações foram confirmadas pela WBIR, afiliada da emissora NBC.
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Rosa deixou marido e dois filhos. O corpo dela foi encontrado em uma rodovia interestadual, a Interstate 26, no dia 30 de outubro, e foi identificado no dia seguinte, de acordo com as autoridades. Ela foi encontrada em meio aos destroços deixados pelo furacão, a cerca de 9 metros de profundidade.
No momento da enchente, 11 trabalhadores estavam na fábrica, e 5 foram resgatados com vida. Os sobreviventes relataram que os funcionários foram proibidos de sair do local até que o estacionamento foi inundado e houve um apagão, conforme informações da agência de notícias Associated Press.
A enchente começou após a cheia do Rio Nolichucky, que passa atrás da fábrica. O nível do rio, que normalmente é de 60 centímetros, subiu para 9 metros no dia da enchente. Cerca de 5 milhões de litros de água por segundo correram no local, o dobro das Cataratas do Niágara, provocando destruição.
Investigadores do Tennessee colheram depoimentos contra a empresa de plástico em que Rosa trabalhava. A causa das mortes dos funcionários também é investigada, além das condições de trabalho e segurança.
O dono da Impact Plastics, Gerald O’Connor, alegou que nenhum trabalhador foi forçado a continuar trabalhando e que o local foi evacuado cerca de 45 minutos antes da força da água invadir o parque industrial. Parentes de funcionários da empresa processaram a Impact Plastics na Justiça.
O marido de Rosa, Francisco Javier Guerrero, contou à WBIR que falou com ela enquanto ela ainda estava dentro da fábrica. Ela teria se despedido dele e pedido que o marido cuidasse dos filhos do casal.
O Furacão Helene já fez 224 vítimas fatais, segundo as autoridades.
